Emergency hormonal contraception in adolescence

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. Assoc. Med. Bras.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-04

RESUMO

RESUMO OBJETIVO Analisar o grau de conhecimento das adolescentes brasileiras em relação à contracepção de emergência (CE) como administração correta, frequência de uso, eficácia, mecanismo de ação, efeitos adversos e complicações. MÉTODO Estudo transversal. Adolescentes de 11 a 19 anos responderam questionário contendo questões sobre sexualidade, conhecimento e uso de CE. RESULTADOS Das 148 adolescentes entrevistadas, 8% desconheciam a CE. Entre as sexualmente ativas, 56,7% utilizaram a CE pelo menos uma vez. A chance de obter informação sobre CE com amigos triplica entre 15-19 anos [p=0,04; OR=3,18(1,08-10,53)]. A maioria usou a CE em dose única, afirmou que evita gravidez em 80% e que deve ser usada até 72 horas após relação sexual desprotegida. Somente 41,2% entre 10-14 anos e 82,4% entre 15-19 anos sabem que evita a fecundação. Uso em casos de estupro e relação sexual desprotegida foi citado por 58,3% nas com 10-14 anos e 79,6% entre 15-19 anos. Quanto aos efeitos colaterais, 58,8% de 10-14 e 17,6% das com ≥15 anos não souberam responder, mas 60,5% entre 15-19 anos citaram náuseas e vômitos. Importante parcela (17,6-41,2%) acredita que a CE causa aborto, câncer, infertilidade e malformações fetais. Mais de 80% concorda que pode causar irregularidade menstrual. CONCLUSÃO O conhecimento em relação à CE não é satisfatório, principalmente quanto aos seus riscos, independente da idade e escolaridade dos grupos avaliados. A melhora do conhecimento pode proporcionar maior adesão à CE e acarretar redução da gravidez não planejada.

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