EMBRIOGÊNESE INICIAL EM RATAS WISTAR TRATADAS COM EXTRATO DE GINKGO BILOBA / EMBRIOGÊNESE INICIAL EM RATAS WISTAR TRATADAS COM EXTRATO DE GINKGO BILOBA

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O extrato de Ginkgo biloba (EGb) é usado no tratamento e prevenção de doenças neurodegenerativas, como antiinflamatório, no tratamento da vertigem, na perda de memória relacionada a idade. Efeitos do extrato de ginkgo na reprodução demonstraram que ele inibia a fertilização por reduzir a viabilidade de espermatozóides e degenerar o oócito. Administrado a camundongos alterou o peso de órgãos como a próstata e alterou o perfil reprodutivo desses animais levando a uma menor taxa de prenhez e aumento das mortes embrionárias. Em ratas, o EGb demonstrou causar crescimento intra-uterino restrito, aventando-se a possibilidade do efeito ter sido causado por sua atividade estrogênica. Outros trabalhos também demonstraram efeito estrogênico do Ginkgo biloba. Sabe-se que os níveis adequados de estrogênio, progesterona e de prostaglandinas são cruciais para o transporte do concepto pela tuba uterina e sua implantação uterina, portanto existe a possibilidade da administração do EGb no início da prenhez causar alterações no desenvolvimento embrionário, sendo esse o propósito do presente trabalho. Para o estudo foram usadas 68 ratas Wistar, adultas, nulíparas, prenhes, provenientes do Biotério do Centro de Biologia da Reprodução, Universidade Federal de Juiz de Fora. As ratas foram distribuídas aleatoriamente em quatro grupos experimentais (n=17): Controle e tratados Gb 3.5, Gb 7 e Gb 14, que receberam, respectivamente, 3,5, 7 e 14mg/Kg/dia do extrato de Ginkgo biloba em 1mL de suspensão aquosa, via intragástrica, uma vez ao dia, durante os oito primeiros dias de prenhez. As ratas do grupo controle receberam pelo mesmo esquema 1mL de água destilada. As ratas foram eutanasiadas, no 15o dia de prenhez, por exsanguinação total sob anestesia. Foram avaliados: sinais clínicos indicativos de toxicidade materna entre outros, alteração do consumo de ração e de água, alteração do peso corporal, hiper ou hipoatividade, piloereção, estereotipia, perfil bioquímico e hematológico e morte ; número de corpos lúteos; peso de órgãos maternos (ovários, fígado e rins); perfil hematológico e bioquímico maternos; peso de fetos e de placentas; número de fetos viáveis, reabsorvidos e mortos; malformações fetais em membros superiores e inferiores, fechamento de tubo neural e morfologia de face. Com exceção do perfil bioquímico materno em que houve aumento do nível de colesterol e decréscimo dos níveis de ALT, uréia e creatinina, significativamente relevantes, nos animais tratados com 7 e 14mg/Kg/dia de EGb, nenhuma outra alteração significativa foi encontrada nos parâmetros maternos ou fetais avaliados. De forma geral, o tratamento com EGb em ratas Wistar, durante o período de trânsito tubário e implantação, não causou efeito tóxico no organismo materno, tampouco induziu mortes, crescimento intrauterino retardado ou malfomações fetais. Há ainda indícios de que o EGb poderia agir de forma hepatoprotetora e nefroprotetora quando administrado a ratas Wistar durante o período de prenhez quando usado nas doses 7 e 14 mg/Kg/dia

ASSUNTO(S)

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