Embolização transhepática da veia gástrica esquerda no tratamento da recidiva hemorrágica em esquistossomóticos submetidos previamente a cirurgia não derivativa

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

INTRODUÇÃO: A cirurgia por técnicas não derivativas é o tratamento de escolha para o controle da hemorragia digestiva alta secundária à hipertensão portal esquistossomótica. Contudo, a recidiva hemorrágica em decorrência das varizes gastroesofágicas é um evento frequente. O programa de erradicação endoscópica das varizes gastroesofágicas tem o objetivo de prevenir e/ou tratar a recidiva hemorrágica, porém nem todos os doentes respondem ao tratamento. OBJETIVO: Avaliar o sucesso do tratamento de embolização da veia gástrica esquerda no controle da recidiva hemorrágica por varizes gastroesofágicas nos doentes esquistossomóticos submetidos previamente a cirurgia não derivativa. MÉTODOS: Foram estudadas, por meio de dados colhidos nos prontuários médicos e dos protocolos de seguimento ambulatorial, a incidência da recidiva hemorrágica e a diminuição quantitativa e qualitativa das varizes gastroesofágicas em detrimento das varizes gastroesofágicas dos doentes encaminhados para embolização transhepática da veia gástrica esquerda no período de dezembro de 1999 até janeiro de 2009. RESULTADOS: Sete doentes com média etária de 39,3 anos foram encaminhados para embolização percutânea transhepática da veia gástrica esquerda. O tempo médio decorrido entre a DAPE e a abordagem percutânea foi de 8,4 ± 7,3 anos e o número de episódios de hemorragia digestiva variou de um a sete neste período. Nenhum episódio de ressangramento foi verificado na população do estudo durante o período de acompanhamento, que variou de 6 meses a 7 anos. Após estudo endoscópico pós-embolização, todos os doentes apresentaram diminuição das varizes gastroesofágicas em comparação à endoscopia pré-embolização. CONCLUSÃO: A embolização percutânea transepática da veia gástrica esquerda nos doentes esquistossomóticos, previamente operados, determinou a redução das varizes gastroesofágicas e foi eficiente no controle do ressangramento para a população estudada.

ASSUNTO(S)

esquistossomose hipertensão portal varizes esofágicas e gástricas embolização terapêutica

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