Em torno da judicializaçao da cidadanía biológica: biomedicina e políticas da vida

AUTOR(ES)
FONTE

Psicol. estud.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

O processo da judicialização da biopolítica encontra na Argentina contemporânea uma forma singular. A partir do fim da ditadura militar (1976-1983) as políticas de vida seriam duplamente condicionadas pelos efeitos do terrorismo de Estado: por um lado, a procura pela vida se constituiu como o requisito político inicial para legitimar praticamente todas as formas de interferência na vida coletiva, e por outro, o vínculo biológico entre as gerações prova ser o mais poderoso suporte material e simbólico que sustenta a emergência de novos movimentos sociais (MADRES, ABUELAS, FAMILIARES, HIJOS), proporcionando um formato para desengatar/reengatar o biológico em demandas políticas específicas. Neste formato, novos desenvolvimentos biomédicos são acoplados a direções estratégicas opostas, que permitem limitar os poderes do Estado de assumir algum aspecto da existência biológica de seus cidadãos. Para sustentar essa análise, consideramos criticamente os aspectos do ponto de vista teórico engendrados por Michel Foucault bem como desenvolvimentos posteriores de Nikolas Rose, que contribuem para a conceituação necessária a uma análise das políticas da vida de fato em curso.

ASSUNTO(S)

justiça cidadania problemas sociais

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