ELYSIO DE CARVALHO: TRADUTOR DE OSCAR WILDE E ESCRITOR DECADENTISTA OLVIDADO PELA CRÍTICA?

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Trad.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-04

RESUMO

Resumo O presente texto busca apresentar o escritor Elysio de Carvalho na sua vertente de tradutor e escritor da viragem do século XIX para o século XX, levando em consideração principalmente a sua contribuição na disseminação da literatura de Oscar Wilde no Brasil e o legado estético de sua escrita e tradução. Essas facetas são pouco estudadas quando confrontadas ao caráter decisivo de Carvalho como editor e como intelectual das letras, planos que convergem com sua atividade política, seu envolvimento com correntes do pensamento anárquico e, posteriormente, seu posicionamento ideológico conservador. Os trabalhos dos muitos teóricos e críticos literários, do calibre de Edmundo Bouças Coutinho (2006), Peter Raby (2010), entre outros, são consultados para embasamento da discussão literária acerca dessas temáticas. Em seguida, são investigadas suas traduções do poema A balada do cárcere de Reading, por ele intitulada A ballada do enforcado, em 1899, inaugurando a literatura de Wilde no sistema literário brasileiro e da peça teatral wildiana Uma tragédia Florentina, realizada em 1922. Busca-se descobrir marcas do seu projeto por meio da análise de suas escolhas tradutórias e verificar a transposição estética, estilística e cultural de Carvalho das obras de Wilde. Para essa finalidade, utilizam-se como norte teórico os textos de Susan Bassnett (2005), André Lefevere (2007) e com o embasamento fundamental da Teoria dos Polissistemas de Itamar Even-Zohar (1990), teórico fundador da vertente dos estudos culturais da tradução. Constata-se a relevância da tradução de Carvalho na transferência das marcas literárias e estéticas de Oscar Wilde, por meio das imagens, das construções metafóricas e semânticas presentes do poema e da peça teatral.

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