Elevada morbimortalidade e reduzida taxa de diagnóstico de osteoporose em idosos com fratura de fêmur proximal na cidade de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-10

RESUMO

As fraturas osteoporóticas de fêmur proximal trazem graves conseqüências quanto à morbimortalidade e à qualidade de vida, mas desconhece-se este impacto no Brasil. OBJETIVO: Conhecer a morbimortalidade decorrente deste tipo de fraturas em idosos na cidade de São Paulo. MÉTODOS: Foram incluídos todos os pacientes com mais de 60 anos internados por fraturas de fêmur proximal durante seis meses, em dois hospitais de São Paulo. Os pacientes preencheram o questionário de capacidade funcional (HAQ), tiveram seu prontuário examinado e foram reavaliados após seis meses. Utilizou-se a análise de regressão linear para determinar os fatores relacionados à capacidade funcional. RESULTADOS: Cinqüenta e seis pacientes foram incluídos no estudo (80,7 ± 7,9 anos; 80,4% mulheres). A mortalidade em seis meses foi de 23,2%. Apenas 30% retornaram plenamente às suas atividades prévias e 11,6% tornaram-se completamente dependentes. Os fatores que mais bem conseguiram prever pior capacidade funcional após a fratura foram HAQ pré-fratura, institucionalização pós-fratura e idade (r² 0,482). Somente 13,9% receberam o diagnóstico de osteoporose e 11,6% iniciaram algum tratamento. CONCLUSÕES: Os resultados do presente estudo demonstram o impacto deste tipo de fraturas sobre a mortalidade e a capacidade funcional. Entretanto, a falha médica no diagnóstico e na orientação de tratamento da osteoporose permanece elevada.

ASSUNTO(S)

osteoporose fratura de fêmur morbimortalidade capacidade funcional idosos

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