Eletroencefalograma de amplitude integrada precoce no monitoramento de neonatos com risco elevado de lesão cerebral

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

Resumo Objetivo: Este estudo visou correlacionar os achados do eletroencefalograma de amplitude integrada (aEEG) com resultados precoces, medidos por mortalidade e achados de neuroimagem, em uma coorte prospectiva de neonatos com risco elevado de lesão cerebral em nosso centro no Brasil. Métodos: O estudo prospectivo de coorte cego avaliou 23 neonatos prematuros abaixo de 31 semanas de idade gestacional (IG) e 17 neonatos diagnosticados com encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI) secundária à asfixia perinatal, com IG superior a 36 semanas, monitorados com aEEG em um centro terciário público de fevereiro de 2014 a janeiro de 2015. Foram avaliadas a atividade de fundo (classificada como padrão contínuo, descontínuo de alta voltagem, descontínuo de baixa voltagem, supressão de explosão, contínuo de baixa voltagem ou traço plano), a presença de ciclo do sono-vigília e a presença de convulsões. Foram feitas a ultrassonografia craniana em prematuros e a ressonância magnética (RMI) craniana em neonatos com EHI. Resultados: No grupo de prematuros, o traço patológico ou padrão descontínuo de baixa voltagem (p = 0,03) e a ausência de ciclo do sono-vigília (p = 0,019) foram associados a mortalidade e lesão cerebral avaliada por ultrassonografia craniana. Em pacientes com EHI, os padrões de convulsão nos traços do aEEG foram associados a mortalidade ou lesão cerebral na RMI craniana (p = 0,005). Conclusão: Este estudo corrobora os resultados anteriores e demonstra a utilidade do aEEG no monitoramento da função cerebral e na predição de alterações precoces nos grupos de neonatos estudados com risco elevado de lesão cerebral.

ASSUNTO(S)

recém-nascido lesão cerebral eeg de amplitude integrada resultado precoce

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