Elementos espirituais, simbólicos e afetivos na construção da escola mbyá guarani

AUTOR(ES)
FONTE

Educ. Pesqui.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

Resumo Historicamente a escola foi imposta aos povos indígenas, por vezes de forma violenta. Porém, quando inserida ao cotidiano das aldeias e conduzida de acordo com os preceitos de cada povo, em muitos aspectos é apropriada por esses coletivos. No processo de construção da escola específica, diferenciada e intercultural, o povo mbyá guarani vive um momento de reflexão acerca dessa instituição educativa. Este artigo aprofunda reflexões sobre o processo de construção da escola a partir de observações e convivências realizadas em aldeias mbyá guarani do Rio Grande do Sul. Por meio de intensa etnografia que registrou vivências, diálogos e reflexões dentro e fora da escola, foram observadas as dimensões da espiritualidade e da afetividade na aprendizagem cognitiva, no desenvolvimento de habilidades e na internalização de valores. Estes elementos são aqui apresentados na forma de um diálogo com a educação proposta pelo paradigma indígena comunitário do Bem viver, mostrados como potencialidades para a construção da escola específica, diferenciada e intercultural. A vida mbyá guarani apresenta elementos vivenciais complexos, presentes nos processos educacionais próprios e consolidam uma continuidade milenar. No entanto, precisam também se constituir como fundamento na construção da escola diferenciada, contribuindo para uma afirmação cultural, junto ao acesso a tecnologias e conhecimentos de outras culturas. A espiritualidade, a sensibilidade, o simbolismo, a vivência e a arte constituem alguns elementos que estão se inserindo na construção da escola mbyá guarani por serem fundamentais na educação desse povo.

ASSUNTO(S)

educação indígena escola mbyá guarani bem viver

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