ELEFANTE DE FRANCISCO ALVIM: QUAL O REAL DA POESIA? / ELEFANTE DE FRANCISCO ALVIM: QUAL O REAL DA POESIA?

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/03/2012

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma proposta analítica do livro Elefante (2000), do poeta brasileiro Francisco Alvim. Para tanto, fez-se necessário recuperar de forma crítica uma vertente da tradição da moderna poesia ocidental sobretudo em termos de como esta delineou historicamente sua problemática para daí dimensionar o conflito específico brasileiro animado pela estética modernista. Resulta disso uma leitura panorâmica de como determinadas manifestações poéticas questionaram o comportamento do sujeito lírico, a saber, Baudelaire, Mário de Andrade e Carlos Drummond de Andrade, o que possibilitou vislumbrar a trajetória de despersonalização na concepção de tal instância discursiva. Sendo assim, da leitura do flâneur de Baudelaire ao gauche de Drummond, pôde-se, juntamente a Cacaso (1988), avistar um espaço, na tradição mencionada, para a poética de Francisco Alvim, cujo núcleo compositivo parece estar orientado por uma estratégia discursiva voltada à elaboração de um sujeito poético, que ora se faz presente, mesmo que despersonalizado, e ora sai de cena em favor de locuções aparentemente inanes. De posse de tais informações, o estudo passa a explorar a composição estrutural do livro já mencionado, fato que permite desenvolver uma feição geral para o entendimento do princípio formal da obra, o qual é orientado pela oscilação de basicamente dois modos de representação um que tende ao hermetismo e outro à comunicabilidade. Por fim, a análise de alguns poemas do livro encaminha-se para a tentativa de compreensão de como se pode observar o elemento externo à obra transposto para o plano da composição do livro.

ASSUNTO(S)

análise literária modernismo poesia moderna letras poesía moderna análisis literario modernismo

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