Elastografia ARFI (acoustic radiation force impulse ) comparada com biópsia na avaliação de fibrose hepática após transplante: estudo transversal diagnóstico

AUTOR(ES)
FONTE

Sao Paulo Med. J.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2016-12

RESUMO

RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: Biópsias são utilizadas para avaliar fibrose após transplante de fígado. O estudo objetivou avaliar a elasticidade hepática após transplante por meio de um exame não invasivo, a elastografia ARFI (acoustic radiation force imaging ), correlacionando-a com a análise histológica. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo transversal em hospital público universitário. MÉTODOS: Todos os pacientes consecutivamente operados entre 2002 e 2010, com indicação para biópsia, foram avaliados por elastografia. O radiologista avaliando ARFI e o patologista fazendo exames anatomopatológicos estavam cegos para as avaliações um do outro. RESULTADOS: No período do estudo, 33 pacientes foram incluídos. A indicação para o transplante foi cirrose por hepatite C em 21 (63%). As biópsias mostraram ausência de fibrose (F0) em 10 pacientes, F1 em 11, F2 em 8, F3 em 4 e nenhum caso de F4 (cirrose). A diferença nos valores de ARFI (grau de fibrose) foi de 0,26 (intervalo de confiança, IC, de 95%: 0,07-0,52) entre os grupos F0-F1 e F2-F4 (P = 0,04). A área sob a curva de 0,74 (IC: 0,55-0,94) e o valor de corte de 1,29 m/s entre os grupos resultaram na melhor relação entre sensibilidade e especificidade, de 0,57. A sensibilidade (0,66; IC: 0,50-0,83) foi menor que a especificidade (0,85; IC: 0,72-0,97). Não houve diferença significativa em ARFI entre pacientes com hepatite C e aqueles com outras doenças. CONCLUSÕES: Os valores obtidos com a elastografia não foram afetados por reação inflamatória ou alterações anatômicas. Foi identificado ponto de corte de 1,29 m/s que separa pacientes com ou sem fibrose significativa.

ASSUNTO(S)

técnicas de imagem por elasticidade transplante de fígado fibrose cirrose hepática ultrassonografia

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