Elaboração psíquica: um vértice inter-psíquico, um vértice intra-psíquico

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1996

RESUMO

Esta pesquisa tem o objetivo de examinar o conceito de elaboração psíquica. O que se entende por elaborar, o que favorece ou dificulta a elaboração psíquica, são algumas das questões tratadas neste trabalho. Inicialmente, é feito um rastreamento do conceito de elaboração, verificando-se se houve uma evolução do mesmo, desde que foi proposto por Freud. Contribuições de Klein e Bion a este respeito também são examinadas. Considerando-se que a análise ocorre numa experiência bipessoal foram escolhidos dois vértices para nortear esta pesquisa: 1) o vértice inter-subjetivo examinando-se a qualidade da relação analista-analisando, a mútua influência da dupla analítica e também as formulações do analista que contribuem para que o analisando experimente e conheça os seus modos de ser; 2) o vértice intra-psíquico, levando-se em conta a dinâmica psíquica, os recursos psíquicos (do analisando e do analista) que podem favorecer ou dificultar a elaboração. Fragmentos de experiências clínicas são utilizados para ilustrar os movimentos psíquicos, sempre presentes nas sessões de análise, que podem ser elaborativos ou não. A noção de uma mudança psíquica mais efetiva relaciona-se aos movimentos elaborativos. Faz-se a distinção entre a idéia de mudança psíquica definitiva e a de mudança psíquica efetiva. Enfatiza-se a utilidade do conhecimento da realidade psíquica. Entende-se que o sofrimento, o luto, a dor mental integram a experiência humana. A noção de elaboração psíquica, inicialmente referida à idéia de "eliminação", foi evoluindo e articulada a capacidade de contenção de experiências emocionais e ao desenvolvimento da intuição, que possibilitou o sujeito nomear e pensar a experiência vivenciada por ele para ser quem ele é

ASSUNTO(S)

psicanalise psicologia tratamento psicanalitico realidade psiquica clinica psicanalitica analista - analisando

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