Eficiência produtiva e indicadores financeiros das empresas moveleiras de Ubá-MG / Productive efficiency and financial indicators of the furniture companies of Ubá-MG

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O setor moveleiro de Ubá-MG que possui grande importância no cenário nacional, é a principal atividade da região e responsável por muitos empregos diretos e indiretos, provocando o aquecimento da economia regional. Assim, a busca por eficiência produtiva nas empresas e a correção de possíveis ineficiências se torna uma importante forma de proporcionar o desenvolvimento econômico e social na região. Este trabalho busca diagnosticar empresas com ineficiências produtivas, identificando os respectivos benchmarks, relacionando com indicadores financeiros, além de apontar as principais variáveis que discriminam as empresas quanto a eficiência na alocação de recursos. Os resultados foram obtidos utilizando um modelo de análise não paramétrica conhecido como Análise Envoltória de Dados (DEA) com retornos variáveis e orientação a insumos. Para análise financeira foram utilizados os indicadores: taxa de retorno sobre o investimento, margem líquida, giro do ativo, liquidez geral, liquidez corrente e índice de endividamento geral. Para verificar as variáveis que discriminam os grupos de empresas eficientes e ineficientes, adotou-se a análise discriminante. Os dados foram coletados através de questionários que foram aplicados em 42 empresas associadas ao Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Marcenaria de Ubá (INTERSIND), localizadas em Ubá e cidades vizinhas, no período de janeiro a março de 2009. Os principais resultados obtidos foram: grande número de empresas se apresentasse eficiente tecnicamente; empresas ditas eficientes utilizaram em maior intensidade todos os insumos considerados na análise; as microempresas e médias empresas em sua maioria são eficientes, a linha de produção dos estofados foi a que apresentou o maior percentual de empresas eficientes, 46% das microempresas se encontram em escala crescente de produção apresentando a necessidade de investimentos e buscando economia de escala; Nenhuma média empresa possui escala crescente, ou seja, não é recomendado o aumento da produção; A maioria das pequenas empresas se encontra em escala ótima; Para que as empresas ineficientes busquem a fronteira de eficiência, é necessário uma redução aproximada de 10% no uso dos insumos e de 20% nos gastos com energia elétrica; Analisando-se apenas as empresas ineficientes, as microempresas apresentam a menor necessidade de redução, enquanto as médias apresentam a maior necessidade em todos os grupos de gastos. Após feita a projeção para a fronteira de eficiência das empresas ineficientes, verificou-se aumento expressivo nos indicadores de margem líquida e da taxa de retorno sobre investimento, em consequência do aumento da lucratividade das empresas; As variáveis que discriminam os grupos de empresas eficientes e ineficientes são: índice de endividamento geral, treinamento de pessoal, gastos com energia, giro do ativo, existência da empresa e o faturamento bruto anual. Dessa forma, o trabalho buscou mostrar que mesmo o pólo sendo tão importante para a região, existem gargalos que impossibilita maior desenvolvimento regional, sendo necessário novas medidas e investimentos que proporcione maior eficiência das empresas quanto a alocação de seus recursos. O trabalho mostrou que umas das formas de se tornar mais eficientes em relação à alocação dos recursos é investir em desenvolvimento e treinamento de pessoal, para se tornar mais competitivo no mercado moveleiro.

ASSUNTO(S)

indicadores financeiros apl de ubá eficiência economia regional e urbana efficiency furniture sector of ubá financial indicators

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