Eficiência do óleo ácido e do óleo degomado de soja empregados em dietas de frangos de corte, suplementadas ou não com glicerol e lecitina / Biological efficiency of the acidulated soybean soapstock and the soybean oil in broilers with or without supplementation of glycerol and lecithin

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Foram realizados 4 experimentos (EXP). Nos EXP I, II e III foram testadas duas fontes de gordura (óleo degomado de soja-[ODS- e óleo ácido de soja -OAS] em quatro níveis de inclusão (2; 3; 4 e 5%) sobre o desempenho e o metabolismo de frangos de corte. Utilizou-se 384 pintos de corte machos Cobb 500, distribuídos em baterias metálicas, de 1 a 20 dias (EXP I) e 256 frangos, alojados em baterias de crescimento de 21 a 34 dias (EXP II). Dos 21 aos 34 dias foi realizado ainda um ensaio de metabolismo quando 40 frangos foram distribuídos individualmente em gaiolas metabólicas, recebendo os mesmos tratamentos do EXP II. Avaliou-se o desempenho, os coeficientes de metabolizabilidade da matéria seca (CMMS), da gordura bruta (CMGB) e da energia bruta (CMEB) das dietas, além de teores de triglicerídios e de colesterol sanguíneo ao 34º dia de idade. Com o aumento do nível de óleo na dieta observou-se maior peso final das aves (P<0,01) e melhor conversão alimentar (CA) (P<0,001). No EXP III, o aumento do nível de óleo proporcionou melhora no CMMS (P<0,01) e no CMGB (P<0,001), bem como maiores níveis sanguíneos de triglicerídios (P<0,001). Através de “slope ratio” avaliou-se a eficiência relativa (ER) entre os 2 óleos, baseada no desempenho (EXP I e II) ou no metabolismo (EXP III). O OAS mostrou ER de 93 e 90% nos EXP I e II, com base na CA e de 95%, com base na gordura metabolizável (EXP III), quando comparado ao ODS. No EXP IV, testou-se o efeito da suplementação de glicerol (GL) ou lecitina (LE) em 95 frangos de corte de 24 dias , submetidos a 3 níveis de ácido graxo livre (AGL) através da adição de ODS, OAS e 50:50%, e 2 níveis de inclusão de óleo (4 e 8%). Avaliou-se o desempenho e os CMMS, CMGB e CMEB da dieta pela ANOVA. A comparação entre os óleos e os suplementos foi feita pela técnica de “slope ratio”. Para ganho de peso (GP), peso final (PF) e conversão alimentar (CA) obteve-se os melhores valores com a inclusão de 8% de óleo (P<0,01). O desempenho não foi afetado (P>0,05) pelos níveis de AGL ou suplementos testados. No entanto houve interação (P<0,03) entre o nível de inclusão e o nível de AGL, para CR. Ao nível de 4%, as aves alimentadas com OAS tiveram menor CR. Com 8%, esta diferença não foi observada. Também houve interação (P<0,02) entre o nível de AGL e o suplemento. O glicerol aumentou o CMEB quando o ODS foi usado, mas não quando foi usado o OAS ou a mistura. Ao nível de 8%, o ODS proporcionou melhor CMEB, não tendo diferido da mistura. Dietas com 8% de óleo, independentemente do tipo e da suplementação, tiveram maior CMMS (P<0,06) e CMGB (P<0,01). Houve interação (P<0,01) entre o nível de AGL e o nível de inclusão de óleo para CMEB. Dietas com OAS ao nível de 4% foram superiores àquelas com ODS, não tendo diferido daquelas com a mistura. Através de “slope ratio”, observou-se que o uso de lecitina proporcionou um melhor aproveitamento da gordura bruta adicionada às dietas (P<0,01), independentemente do nível de AGL. Conclui-se que tanto o ODS como o OAS são fontes adequadas de gordura para frangos de corte e que a suplementação de lecitina pode melhorar o aproveitamento da gordura bruta adicionada à dieta.

ASSUNTO(S)

frango de corte : dieta produção animal nutricao animal

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