EficÃcia de peixes larvÃfagos na reduÃÃo de larvas de aedes aegypti em depÃsitos domiciliares com Ãgua

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

30/11/2009

RESUMO

O dengue permanece como problema de saÃde pÃblica no Brasil. No nordeste brasileiro, os grandes depÃsitos domiciliares utilizados para acumular Ãgua sÃo importantes criadouros para reproduÃÃo do Aedes aegypti, o principal transmissor do dengue. O uso de alternativas ao controle quÃmico desse vetor vem sendo incentivado. Os objetivos desse trabalho foram avaliar se a presenÃa de peixes larvÃfagos altera o padrÃo de postura do A. aegypti, identificar a sobrevivÃncia de peixes larvÃfagos ao cloro e descrever a eficÃcia do peixe Betta splendens em condiÃÃes de campo. O padrÃo de postura foi avaliado em uma gaiola com 6 m3. Os peixes avaliados foram Poecilia reticulata e B. splendens. Na gaiola foram inseridos oito depÃsitos, sendo quatro com peixes, quatro sem peixes (controle) e 100 mosquitos. Em cada depÃsito tinha Ãgua e uma palheta de eucatex para postura dos ovos. Ao final de cada semana os ovos postos nessas palhetas foram contados. Os ensaios foram replicados por sete semanas consecutivas para cada espÃcie. A sobrevivÃncia do B. splendens e P. reticulata, ao cloro, foi avaliada para trÃs concentraÃÃes (1,0; 1,5 e 2,0 mg/L) utilizando tambores com 35 litros de Ãgua. Foram utilizados 105, 140 e 175 peixes para cada concentraÃÃo testada, na proporÃÃo de 6 depÃsitos com cloro para cada controle (sem cloro). A eficÃcia foi avaliada a partir de dados gerados pelo Programa Municipal de Controle do Dengue, na cidade de Fortaleza. Foi avaliada a permanÃncia dos peixes em depÃsitos domiciliares e a infestaÃÃo nesses depÃsitos com B. splendens e o larvicida Bacillus thuringiensis israelensis. A presenÃa do B. splendens inibiu a postura de ovos pelas fÃmeas de Aedes aegypti com um Ãndice de Atividade de OviposiÃÃo (IAO) de -0,627. O nÃmero mÃdio de ovos postos em depÃsitos com B. splendens (32,5/semana) foi menor que nos depÃsitos com o P. reticulata (200,5/semana) e os controles (186,5/semana; p <0,0001). Todos os B. splendens sobreviveram a concentraÃÃo de cloro de 1,0 mg/L; 72,5 e 39,3% sobreviveram as concentraÃÃes de 1,5 e 2,0 mg/L. Por outro lado, apenas 4,4% do P. reticulata sobreviveram a concentraÃÃo mÃnima de 1,0 mg/L. Em campo foram encontrados trÃs depÃsitos com a presenÃa do B. splendens e larvas de mosquitos (1,6%), infestaÃÃo significativamente menor que nos depÃsitos com o Bti, onde essa infestaÃÃo foi de 10,9% (p <0,001). Nos depÃsitos onde o peixe nÃo permaneceu a infestaÃÃo foi de 27,8%, maior que nos depÃsitos com Bti (p <0,010). Nos depÃsitos onde o peixe permaneceu ele foi 85% mais eficaz que o larvicida. A permanÃncia dos peixes foi maior nos tanques de alvenaria (48,5%), localizados no peridomicÃlio (47,5%) e ao nÃvel do solo (53,3%). ConcluÃmos que o B. splendens pode ser apropriado para controle biolÃgico de larvas de Ae. aegypti em grandes reservatÃrios domiciliares, desde que possa ser atestada sua permanÃncia nesses depÃsitos.

ASSUNTO(S)

biologia geral dengue. aedes aegypti. controle biolÃgico. peixes larvÃfagos. cloro. oviposiÃÃo. betta splendens. poecilia reticulata. dengue fever remains an important public health problem in northeast brazil. large domestic containers used to store water are important breeding sites of aedes aegypti, the main vector. the use of al dengue

Documentos Relacionados