Eficácia da memantina na doença de Alzheimer em seus estágios moderado a grave
AUTOR(ES)
Araújo, Rosana Soares, Pondé, Milena Pereira
FONTE
Jornal Brasileiro de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
INTRODUÇÃO: O objetivo desta revisão de literatura é avaliar a eficácia, a segurança e a tolerabilidade da memantina, um antagonista não-competitivo do receptor N-metil-D-aspartato (NMDA), no tratamento da doença de Alzheimer em seus estágios moderado a grave. MÉTODOS: Realizou-se uma busca no banco de dados MEDLINE com as palavras-chave memantine e Alzheimer's disease, sendo inseridos apenas ensaios clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados com placebo. RESULTADOS: Foram incluídos quatro estudos que preenchiam os critérios de inclusão supracitados, realizados com pacientes portadores de doença de Alzheimer com grau moderado a grave. Todos os estudos indicaram um efeito benéfico da memantina com relação ao placebo para os seguintes parâmetros: melhora da capacidade funcional e maior participação nas atividades diárias. Dois estudos evidenciaram melhora cognitiva. A duração média dos estudos foi de 28 semanas e as doses mais eficazes variaram de 10 a 20mg/dia. Os efeitos adversos, em todos os estudos, foram maiores no grupo placebo. DISCUSSÃO: Apesar de ser uma droga nova e ainda de custo elevado, a memantina parece reduzir os custos totais e o tempo gasto do cuidador, além de produzir melhora global do paciente, gerando melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para o cuidador. Estudos ainda não publicados, contudo, sugerem que o impacto dessa droga nos estágios mais avançados da demência de Alzheimer seja marginal.
ASSUNTO(S)
memantina alzheimer tratamento
Documentos Relacionados
- Avaliação clínica dos pacientes portadores de doença de Alzheimer em estágio moderado e grave
- Alterações motoras e funcionais em diferentes estágios da doença de Alzheimer
- A deglutição nas fases moderada e grave da doença de Alzheimer
- A dinâmica familiar diante da doença de Alzheimer em um de seus membros
- Alterações cognitivas na depressão e na doença de Alzheimer: um gradiente da depressão até a doença de Alzheimer