Effect of stress intensity on metabolic markers / Efeito da intensidade do estresse sobre marcadores metabolicos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Os efeitos do estresse por natação sobre marcadores metabólicos diferem daqueles do estresse por choques nas patas. Estas diferenças poderiam ser conseqüências da natureza do estressor, que difere nos dois modelos, ou da intensidade de estresse, que parece ser menor quando os animais são submetidos à natação do que quando submetidos a choque nas patas. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da intensidade do estressor sobre a mobilização de substratos metabólicos. Ratos Wistar adultos foram distribuídos em grupos: controle, não submetido à natação; e ratos submetidos à natação em água a 35°C, 24°C ou 18°C. As sessões de natação ocorreram em três dias consecutivos com 5, 15 e 15 min de duração, respectivamente. Os ratos foram pesados antes da primeira e da última sessão de natação e após a última sessão sua temperatura retal foi determinada por um tele-termômetro; foram anestesiados e uma amostra de sangue foi coletada por punção cardíaca. Foram retiradas amostras do fígado e dos músculos gastrocnêmio, sóleo e ventricular cardíaco. Adipócitos foram isolados do tecido adiposo epididimal e incubados com agonistas adrenérgicos. O glicerol e o lactato liberados no meio infranadante foram considerados como indicadores da sensibilidade das respostas lipolítica e glicolítica aos agonistas, respectivamente. Foram determinadas também as concentrações plasmáticas de glicose, lactato, ácidos graxos livres, glicerol e corticosterona, além da concentração muscular e hepática de glicogênio. O peso corporal dos ratos dos quatro grupos não apresentou diferença estatisticamente significativa antes da primeira ou da terceira sessão de natação. Após natação em temperaturas de 24°C e 18°C os ratos apresentaram hipotermia (30,7 +/- 0,7°C e 24,0 +/- 0,5°C, respectivamente) em relação os grupos controle (37,2 +/- O,12°C) e natação a 35°C(36,7 +/- 0,2°C), entre os quais não houve diferença estatisticamente significativa. Após a terceira sessão de natação, a concentração plasmática de corticosterona aumentou significativamente nos grupos submetidos à natação em 18°C (294,7 +/-17,9 ng/mL) e 24°C (289,5 +/- 27,1 ng/mL) do que 35°C (166,3 +/- 11,8 ng/mL), sendo os três significativamente diferentes do controle (57,2 +/- 10,0 ng/mL), enquanto que as concentrações sanguíneas de lactato e de ácidos graxos livres estavam significativamente elevadas em relação ao controle, mas não diferiram entre os grupos de ratos submetidos à natação. As concentrações de glicogênio das amostras hepáticas, cardíacas e do músculo sóleo de ratos submetidos à natação não diferiram significantemente do grupo controle. Porém, as concentrações de glicogênio nas porções branca e vermelha do músculo gastrocnêmio estavam reduzidas após natação. Em adipócitos isolados de ratos submetidos à natação houve aumento da liberação basal de glicerol e de lactato, mas as respostas ao d-butiril-AMPc, à noradrenalina e à adrenalina, assim como a sensibilidade às duas catecolaminas,não diferiu significantemente do controle. Concluímos que a intensidade do agente estressor pode ser modulada pela temperatura da água em protocolos de estresse por natação, de modo que as temperaturas mais baixas em relação à temperatura corporal do rato determinam respostas de estresse mais intensas, evidenciadas pela concentração plasmática de corticosterona. Entretanto, as alterações observadas nos marcadores metabólicos analisados são independentes da intensidade do estressor, no paradigma de estresse utilizado neste trabalho

ASSUNTO(S)

natação lactatos hipotermia adipose tissue corticosterone swimming tecido adiposo corticosterona hypothermia lactattes

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