Efetividade de intervenções nutricionais e físicas em mulheres de serviço de promoção da saúde

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

16/12/2011

RESUMO

Introdução: Ações de promoção à saúde são descritas como fundamentais à melhoria da saúde da população, com destaque para as intervenções voltadas para os modos saudáveis de vida, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivos: Avaliar a efetividade de intervenções físicas e nutricionais sobre o perfil alimentar e antropométrico de usuárias de Serviço de Promoção da Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. Métodos: Ensaio comunitário controlado não aleatorizado, contemplando usuárias 20 anos do Serviço de Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte denominado Academia da Cidade. O grupo controle (GIFI) constou de mulheres que praticavam regularmente exercício físico e o grupo intervenção (GIFIN), daquelas que participaram da prática de exercício físico e de intervenção nutricional, sendo este estratificado em: intervenção individual (GIFINI), intervenção coletiva (GIFINC), intervenção individual e coletiva (GIFINIC). A intervenção nutricional constou de grupos de educação alimentar e nutricional e/ou aconselhamento individual. Avaliou-se a evolução por anamnese nutricional, aplicada no ingresso do usuário no serviço e após cerca de 11 meses de participação nas intervenções. O instrumento constou de questões sociodemográficas, hábitos alimentares, Questionário de Frequência Alimentar e Recordatório 24 horas. Realizou-se análise descritiva e os testes estatísticos: t de Student simples, Quiquadrado, Exato de Fisher e Mann-Whitney para comparações intergrupos, e McNemar, t de Student pareado, Wilcoxon e Kappa para as intragrupos (p <0,05). Resultados: Avaliou-se 124 mulheres, sendo 61 do GIFI e 63 do GIFIN, com características sociodemográficas e hábitos alimentares similares. Apurou-se que as participantes do GIFIN possuíam maiores médias de índice de massa corporal - IMC (27,8 ± 4,5 vs. 30,2 ± 6,2; p = 0,04); e as do GIFINI (p = 0,02); e as do GIFINIC, maiores médias de peso (p = 0,002), IMC (p <0,001) e circunferência da cintura - CC (p = 0,001) quando comparadas com as do GIFI. Após à intervenção, as participantes do GIFI e do GIFIN aumentaram o número de refeições diárias (p <0,001). Adicionalmente, as do GIFIN reduziram o hábito de realizar as refeições assistindo TV (72,5% para 56,9%; p = 0,04) e o consumo per capita de óleo [-6,0ml (AI:14,5); p = 0,01] e de açúcar [-19,5g (AI:42,5); p = 0,002]; aumentaram o consumo diário de água [250,0ml (AI:700,0); p = 0,003], de frutas (58,1% para 79,0%; p = 0,004), e de leite e derivados (60,3% para 74,6%; p = 0,02). Ao analisar o GIFIN, estratificado pelo tipo de intervenção nutricional, observou-se que as mulheres do GIFINI e as do GIFINIC diminuíram o consumo per capita óleo (p = 0,02 e p = 0,04); as do GIFINIC também aumentaram a ingestão diária de frutas (p = 0,03) e que as do GIFINC aumentaram o consumo de água (p = 0,02) e reduziram a ingestão de açúcar (p = 0,04). Por conseguinte, observou-se redução do peso entre as mulheres do GIFIN (-1,3 ± 3,9kg; p = 0,02) e da CC (p = 0,008) entre as do GIFINI. Destaca-se que no GIFI não houve alterações significativas no consumo de alimentos e nas medidas antropométricas. Conclusão: Os achados apontam para a necessidade de associar intervenções nutricionais à prática regular de exercícios físicos para se obter melhores resultados, bem como a viabilidade desta intervenção na rotina de serviços do SUS como estratégia para incentivar modos de vida saudáveis

ASSUNTO(S)

enfermagem teses enfermagem decs promoção da saúde decs educação alimentar e nutricional decs hábitos alimentares decs obesidade/prevenção &controle decs questionários decs estudos de intervenção decs antropometria decs relação cintura - quadril decs consumo de alimentos decs dissertações acadêmicas decs humanos decs feminino decs

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