Efeitos precoces do estrogeno sobre a prostata ventral de ratos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A glândula prostática encontra-se exclusivamente em mamíferos, produzindo importantes componentes do sêmen como fructose, íons, e proteínas. Devido ao variado número de patologias que afetam esta glândula, sendo algumas destas ligadas a um alto índice de mortalidade, muitos estudos têm centrado o seu interesse na compreensão da sua fisiologia. O crescimento desta glândula está sob controle endócrino finamente regulado, sendo este susceptível a alterações hormonais. Assim como a testosterona, o estrógeno (Ez) tem marcados efeitos na fisiologia prostática, sendo, às vezes, contraditórios; sabe-se que uma exposição a baixas doses durante a gestação em camundongo incrementa o peso da próstata e a expressão do receptor de andrógeno (AR) na idade adulta, enquanto a exposição a elevadas doses produzem efeitos opostos causando retardo no crescimento e uma pobre expressão do AR. O objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações prostáticas sob diferentes condições hormonais. Para este fim, seis diferentes tratamentos foram feitos: ratos intactos (controle), ratos intactos tratados com Ez, ratos intactos tratados com Tamoxifeno, ratos castrados tratados com Ez, ratos castrados tratados com Tamoxifeno e ratos castrados sem nenhum tratamento. O volume relativo e o volume absoluto da próstata ventral, foram determinados dentro de um período de sete dias. Além disto, foi determinada expressão do receptor de andrógeno (AR) e do receptor de estrógeno beta (ERJ3) por imunocitoquimica no tecido prostático, assim como, os índices de apoptose para cada tratamento através da reação de Tunel e reação de F eulgen. A proliferação celular foi identificada pela contagem de células positivas para PCNA. Os resultados demonstraram que a castração e o tratamento com Ez levam a uma marcada perda de peso, com uma redução no compartimento epitelial associado com um relativo constante volume luminal e um aumento no estroma junto com um aumento da célula muscular. O Tamoxifeno mostrou pequenos efeitos sobre os compartimentos teciduais. O aumento no volume da célula muscular lisa obtido pelo Ez sobre os ratos não castrados e tamoxifeno sobre os ratos castrados, correspondem a hiperplasia e hipertrofia, respectivamente. A castração, tratamento com Ez e a combinação dos dois reduz a marcação para AR e ERJ3. O índice de apoptose demonstra diferenças cinéticas na perda celular, entre os ratos castrados e aqueles tratados com Ez. A castração leva a um pico de apoptose no dia 3, enquanto que o Ezleva a um platô, o qual começa no dia 2 e é mantido até o dia 5. A administração de Ez a ratos castrados resulta num incremento no pico observado no dia 3. Por outro lado, aparentemente o tamoxifeno retarda a morte celular epitelial, resultando em um baixo índice apoptótico até o dia 5, mas este, aumenta, atingindo seu máximo valor no dia 7. A marcação para PCNA demonstrou que a proliferação celular desaparece com todos os tratamentos. Estes resultados demonstram que a castração e o tratamento com Ez levam a uma marcada redução do peso prostático e função. Não obstante, os dois tratamentos causam diferentes cinéticas dos compartimentos teciduais

ASSUNTO(S)

estrogenos estereologia prostata

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