Efeitos do tempo de fotoativação no reforço de raízes fragilizadas experimentalmente e restauradas com resina composta e pinos de fibra / Effect of light exposure time on the reinforcement of experimentally fragile root canals restored with composite resin and fiber posts

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O objetivo desta pesquisa foi avaliar ex vivo os efeitos do tempo de fotoativação no reforço de raízes fragilizadas experimentalmente e restauradas com resina composta (RC) e pino de fibra de quartzo fototransmissor (DT). Com esta finalidade buscou-se verificar: 1) a dureza Vickers (HV) da resina composta; 2) a resistência de união (RU) ao cisalhamento por extrusão e o tipo de falha ocorrida após teste de push-out e, 3) sob Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), a interface dentina/adesivo/resina/cimento/pino resultante. As coroas de 60 incisivos superiores de humanos foram cortadas e o remanescente dental padronizado em 17 mm de comprimento. Após 24 h do tratamento endodôntico, os canais foram esvaziados em 12 mm e divididos em 4 grupos (n=15): 1 controle (GC) e 3 fragilizados, nos quais o espaço do canal foi ampliado com pontas diamantadas, originando folga de 1 mm entre o pino DT Light Post e a dentina. Para o reforço das raízes, após a aplicação do sistema adesivo All Bond 2, a RC (Light Core) foi fotoativada através do pino por 40 (G1), 80 (G2) ou 120 s (G3). Depois de 24 h da cimentação dos pinos, os espécimes foram seccionados transversalmente em 6 fatias de 1 mm de espessura. Para a avaliação da dureza da resina (G1, G2 e G3, n=15) e posterior análise em MEV (G1, G2, G3 e GC, n=3) fatias correspondentes às regiões cervical, média e apical foram incluídas em resina epóxica. Após o polimento, a dureza da RC foi avaliada pela média de 3 indentações em cada região, nas distâncias laterais de 50, 200 e 350 μm a partir do cimento/pino. Nas demais fatias (G1, G2, G3 e G4, n=15), a RU foi avaliada pelo teste de push-out e as falhas após desunião observadas em estereoscópio. Após preparo para MEV, avaliou-se a interface adesiva de forma qualitativa nominal e ordinal pelo estabelecimento e determinação de escores. A análise de variância de 3 vias (α=0,05) indicou que os fatores tempo, região e distância influíram na dureza e que a interação tempo X região foi significativa. O teste de Tukey revelou que as médias dos valores de HV obtidos em G1 e G2 foram diferentes (p<0,05) de G3. Após o teste de push-out, a análise (2, way-ANOVA) das médias de RU (MPa) indicou diferença significativa apenas entre os grupos fragilizados e o controle, mas não entre as regiões. Em todos os grupos foi verificado maior percentual de falhas adesivas e que as falhas coesivas ocorreram apenas nos espécimes fragilizados/reforçados. Em MEV, a análise qualitativa mostrou formação de camada híbrida, tags de resina e ramificações laterais em todas as regiões analisadas, tanto nos grupos fragilizados quanto no controle. A análise qualitativa ordinal (Kruskal-Wallis, α=0,05) indicou que a região do reforço da raiz não influenciou significativamente na densidade de tags formados. O reforço com RC e pino DT proporcionou RU nos grupos fragilizados semelhante (G2) ou superior (G1 e G3) à RU verificada no grupo controle. A região do reforço influenciou a dureza da RC, mas não na RU alcançada. Em regiões mais profundas e em áreas laterais distantes do pino, a dureza da RC foi mais baixa. Com relação ao fator tempo, a fotoativação por 120 s proporcionou valores de HV maiores do que os tempos de 40 e 80 s, mas não influenciou na RU alcançada ou na interface de união formada ao longo do canal radicular.

ASSUNTO(S)

composite resin hardness dentes tratados endodonticamente odontologia endodontics treated teeth dureza endodontics endodontia dentistry resina composta odontologia

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