Efeitos do resfriamento e aquecimento articular no desempenho funcional do ombro
AUTOR(ES)
Estevam, Dayane de Oliveira, Oliveira, Marcelo Lima de, Silva, Marcelo Lourenço da, Carvalho, Leonardo César, Lobato, Daniel Ferreira Moreira
FONTE
Rev Bras Med Esporte
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-06
RESUMO
INTRODUÇÃO: Um dos recursos mais utilizados na reabilitação de lesões musculoesqueléticas é a termoterapia por subtração de calor (crioterapia), enquanto a termoterapia por adição de calor é considerada o procedimento mais antigo de reabilitação física. Entretanto, há poucas evidências que tenham investigado os efeitos desses recursos sobre o desempenho de membros superiores. OBJETIVO: Comparar o efeito do resfriamento e do aquecimento articular sobre o desempenho funcional do membro superior. MÉTODOS: Trinta e quatro voluntários (22,23 ± 2,17 anos; 22,39 ± 2,53 kg/m2), de ambos os sexos, foram divididos aleatoriamente em um dos três grupos: 1) grupo crioterapia GCR (n=10): submetidos ao resfriamento articular por compressas frias; 2) grupo termoterapia - GTE (n=10): submetidos ao aquecimento articular por ondas curtas e 3) grupo controle - GCO (n=14), não submetidos a qualquer intervenção. Os voluntários foram avaliados, pré e pós-intervenção, quanto ao desempenho funcional de membros superiores por meio dos testes de estabilidade da extremidade superior em cadeia cinética fechada (TEESCCF) e das condições de equilíbrio em apoio bimanual sobre o baropodômetro. Ainda, os voluntários foram avaliados quanto ao desempenho funcional virtual por meio do jogo Mario Kart (Nintendo Wii (r) ). RESULTADOS: Houve melhora significativa nos valores pós-intervenção no TEESCCF para o GCR (p<0,001), GTE (p=0,002) e GCO (p=0,01). Não houve alteração significativa na área de deslocamento do centro de pressão na condição de olhos abertos, nos três grupos (p>0,05). Entretanto, na condição de olhos fechados, houve piora de desempenho para GTE (p=0,04) e melhora de desempenho para o GCO (p=0,02). Não houve alteração significativa no desempenho funcional virtual para os três grupos (p>0,05). CONCLUSÃO: Embora não tenha favorecido o desempenho funcional em todos os testes reais e virtuais utilizados, o resfriamento articular foi mais efetivo que o aquecimento articular para manter o desempenho muscular do membro superior, especialmente nas condições de equilíbrio sobre membros superiores na condição de olhos fechados.
ASSUNTO(S)
diatermia agentes de resfriamento equilíbrio postural extremidade superior
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