Efeitos do raloxifeno sobre a concentração plasmática de homocisteína e o lipidograma em mulheres na pós-menopausa
AUTOR(ES)
Carvalho, Márcia Neves de, Azevedo, George Dantas de, Santos, José Ernesto dos, Ferriani, Rui Alberto, Reis, Rosana Maria dos, Sá, Marcos Felipe Silva de
FONTE
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2004
RESUMO
OBJETIVOS: avaliar os efeitos do raloxifeno sobre a concentração plasmática de homocisteína e o perfil lipídico em mulheres na pós-menopausa. MÉTODOS: foram estudadas 24 mulheres saudáveis na pós-menopausa, com idade entre 50 e 70 anos e diagnóstico de osteopenia e/ou osteoporose, submetidas à terapia com raloxifeno, 60 mg/dia, durante seis meses. Foram dosados a homocisteína plasmática antes do início e após três e seis meses de tratamento, além do colesterol total, HDL-colesterol, LDL-colesterol e triglicérides. A concentração de homocisteína foi determinada por imunoensaio de fluorescência polarizada e o lipidograma pelo método colorimétrico e enzimático. Para a análise estatística foram utilizados os testes ANOVA, de Newman-Keuls e de correlação de Pearson. RESULTADOS: observamos redução significativa do colesterol total de 15,3% (227,6±56,3 vs 200,6±29,8 vs 192,8±32,1 mg/dl; p<0,001) e do LDL-colesterol de 21,4% (151,4±46,3 vs 122,7±29,4 vs 119,0±28,6 mg/dl; p<0,001) e aumento significativo do HDL-colesterol de 9,5% (44,7±10,8 vs 52,2±12,6 vs 49,0±10,8 mg/dl; p<0,05). Não houve redução significativa dos triglicérides (134,9±50,3 vs 127,5±50,0 vs 121,0±36,0 mg/dl; p>0,05). Embora não significativa, foi observada redução da homocisteína de 4.5% (11,7±3,0 vs 11,0±2,9 vs 11,2±2,1 miM/l; p>0,05) entre os períodos pré e pós-tratamento, com correlação negativa significativa entre os níveis basais e os percentuais de redução após o tratamento (r=-0,71; p<0,0001). CONCLUSÕES: a terapia com raloxifeno, 60 mg/dia, em mulheres na pós-menopausa durante seis meses levou a reduções do colesterol total e do LDL-colesterol e aumento do HDL-colesterol. Houve tendência à redução dos níveis plasmáticos de homocisteína, sendo o efeito mais favorável nas pacientes com níveis basais mais elevados.
ASSUNTO(S)
menopausa doença cardiovascular raloxifeno homocisteína perfil lipídico
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