Efeitos do Modelo de Fleuriet e Índices de Liquidez na Agressividade Tributária

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. adm. contemp.

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/04/2019

RESUMO

Resumo A necessidade de capital de giro e o índice de liquidez influenciam na agressividade fiscal? O artigo investiga se o nível de agressividade fiscal se altera dependendo da estrutura financeira de uma empresa, tendo por base o Modelo Fleuriet para análise dinâmica do capital de giro. O planejamento tributário é uma forma de se obter recursos internamente e, de acordo com a Pecking Order Theory, os recursos internos são os primeiros utilizados pelas empresas para financiarem suas atividades. Um modelo de regressão linear múltipla para dados em painel com efeitos fixos de empresa e ano foi adotado para testar a relação. Como variáveis de interesse utilizaram-se variáveis dummy, uma para cada tipo de estrutura financeira proposta pelo Modelo Fleuriet. Em uma amostra composta por 2.142 empresas-ano listadas na B3 entre 2010 a 2016 verificou-se que, tanto nas empresas mais saudáveis quanto nas menos saudáveis, não há diferença significativa no nível de agressividade fiscal entre as empresas classificadas de acordo com as estruturas do Modelo Fleuriet. Porém as análises adicionais para o Índice de Liquidez Dinâmico e o Índice de Liquidez Geral mostraram que quanto maior a liquidez menor é a agressividade fiscal. Os achados apontam que uma maior agressividade fiscal pode ser explicada em parte por uma dificuldade de liquidez.Abstract Does the need for working capital and liquidity ratios influence tax aggressiveness? This article investigates If the level of fiscal aggressiveness changes depending on the financial structure of a Company, based on the Fleuriet model for dynamic analysis of the working capital. Tax planning is a way of obtaining resources internally and, according to the hierarchy proposed by pecking order theory, internal resources are the first used by companies to finance their activities. A multiple linear regression model for panel data with fixed company and year effects has been adopted to test the relationship. As a variable of interest, dummy variables were used, one for each type of financial structure proposed by the Fleuriet model. In a sample consisting of 2,142 companies-year listed in B3 between 2010 to 2016, it was found that in both healthier and less healthy companies, there is no significant difference in the level of tax aggressiveness between companies classified according to the structures of the Fleuriet model. However, the additional analyses for the dynamic liquidity ratio and the general liquidity ratio showed that the higher the liquidity, lower is the tax aggressiveness. The findings point out that greater tax aggressiveness can be explained in part by liquidity difficulties.

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