Efeitos do alto acúmulo de prolina na ultraestrutura de cloroplastos e mitocôndrias e no ajustamento osmótico de plantas de tabaco

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Sci., Agron.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-04

RESUMO

Prolina é acumulada por diversos organismos em resposta a estresses abióticos, como déficit hídrico e salinidade. Estudos vêm discutindo o papel deste aminoácido no processo de ajustamento osmótico, embora nenhuma evidência clara tenha sido fornecida demonstrando esta associação como mecanismo de defesa contra seca em plantas. Entretanto, tem sido proposto que a aplicação exógena de prolina pode danificar a ultraestrutura de cloroplastos e mitocôndrias. Neste estudo, usando plantas transgênicas de tabaco contendo o gene mutante p5cs de Vigna aconitifolia sob controle do promotor CaMV 35S, evidenciou-se que o alto conteúdo de prolina endógena acumulado em folhas não contribuiu para o ajustamento osmótico em plantas sob estresse hídrico. Além disso, análises de microscopia eletrônica em mitocôndrias e cloroplastos mostraram que a ultraestrutura destas organelas não foi afetada, mesmo em plantas transgênicas que apresentaram os níveis mais elevados de prolina endógena em folhas (100 mmol g-1 de massa seca). Estes resultados demonstram que em plantas de tabaco, altas concentrações de prolina endógena não estão associadas ao processo de ajustamento osmótico e que o conteúdo de prolina em folhas, mesmo 10 vezes maior do que o normal, não causou danos à mitocôndrias e cloroplastos em condições de déficit hídrico e de irrigação normal.

ASSUNTO(S)

p5cs transgênico déficit hídrico.

Documentos Relacionados