Efeitos de intervenções educativas no controle de hipertensos acompanhados em unidades básicas de saúde na região oeste do munícipio de São Paulo / Effects of educational interventions in the control of hypertensive patients accompanied in basic units of health in the area west of the municipal district of São Paulo
AUTOR(ES)
Stael Silvana Bagno Eleutério da Silva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Introdução: o controle da hipertensão é pouco satisfatório e medidas devem ser implementadas para aumentá-lo. Realizou-se um estudo para avaliar o controle da hipertensão após intervenções educativas junto a hipertensos e equipe de enfermagem em duas unidades básicas de saúde. Casuística e Métodos: foram estudados com 55 membros da equipe de enfermagem e 290 hipertensos, separados em dois grupos: grupo I, que recebeu intervenções educativas e grupo II que seguiu a rotina normal da unidade. Os dados biossocial-econômicos, as avaliações antropométricas e medida da pressão arterial foram coletados. Foram realizadas entrevista e três medidas de pressão arterial com aparelho automático validado, manguito adequado e na posição sentada. A adesão ao tratamento foi avaliada pela presença de fatores dificultadores e Teste de Morisky e Green. Para ingestão de bebida alcoólica usou-se o Alcohol Use Disorders Identification - AUDIT, presença de transtornos mentais comuns pelo Self Report Questionnaire - SRQ-20 e apoio social pela escala de Apoio Social. As análises univariada e multivariada foram realizadas com nível de significância de p<0,05. Os membros da equipe de enfermagem foram avaliados no conhecimento sobre hipertensão antes e após processo educativo. Resultados: o conhecimento dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem elevou-se após processo educativo (84,6±12,0% vs 92,7±15,0%, p<0,05) e para agentes comunitários de saúde não houve mudança significante (80,8±12,2% vs 83,5±24,0%). Os hipertensos estudados tinham idade maior que 60 anos (54,8%), sexo feminino (62,1%), etnia branca (54,5%), primeiro grau (56,9%), autônomos (42,5%) e renda de um a três salários mínimos (52,7%). A maioria não referiu tabagismo (60,6%) nem etilismo (64,3%). A adesão ao tratamento avaliada pelo Teste Morisky e Green mostrou que 64,75% dos hipertensos do grupo I e 72,7% do grupo II não eram aderentes ao tratamento. Na avaliação pelos fatores que interferem ao tratamento, 77,3% do grupo I e 67,8% para o grupo II eram aderentes ao tratamento. Houve presença de transtornos mentais comuns em 40,0% dos hipertensos do grupo I e 43% do grupo II. A Escala de apoio Social revelou valores das médias do total da escala, bem como de seus diferentes domínios bem próximas entre os dois grupos de hipertensos estudados e alto valor de apoio social (76,1±17,9 grupo I e 76,9±14,0 grupo II). O controle da pressão arterial antes e após intervenção educativa foi, respectivamente, para o grupo I: 46,5% e 63,2% (p<0,05). e grupo II: 33,6% e 56,8% (p<0,05) e o controle foi mais elevado nos hipertensos do grupo I. Com relação ao controle da pressão, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) nas variáveis: sexo, predomínio de mulheres mais controladas que homens (66,7% vs 33,3%), etnia, brancos mais controlados que não brancos (62,3% vs 37,7%), os que tinham escolaridade de ensino fundamental/ médio mais controlados que os analfabetos (64,0% vs 47,1%) e nunca beberam (70,4% vs 28,6%). Os que possuíam renda
ASSUNTO(S)
controle hipertensão control nursing hypertension enfermagem
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