Efeitos de baixas pressões no balonete da máscara laríngea na mucosa faringolaríngea do cão

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Anestesiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-12

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Lesões da mucosa faringolaríngea e compressões de vasos e de nervos têm sido relatadas e atribuídas às altas pressões no balonete da máscara laríngea (ML). O objetivo deste trabalho foi estudar em cães a mucosa faringolaríngea em contato com o balonete da ML sob baixas pressões e avaliar as condições ventilatórias durante a anestesia. MÉTODO: Em 8 cães sob anestesia com pentobarbital foi inserida ML de número 4, mantendo-se a pressão no balonete em 60 cmH2O. Os atributos: freqüência de pulso (FP), pressão arterial média (PAM), pressão inspiratória (PI), pressão expiratória final de CO2 (P ET CO2) e saturação de pulso de O2 (SpO2) foram estudados em 0 (controle), 30, 60, 90 e 120 minutos após a inserção da ML. Após eutanásia, realizou-se biópsias nas áreas da contato da mucosa faringolaríngea com a ML para exame à microscopia óptica (MO) e eletrônica de varredura (MEV). RESULTADOS: Os atributos estudados mantiveram-se sem alterações significativas durante o experimento, ocorrendo apenas pequeno aumento dos valores da PAM e da P ET CO2 nos tempos finais do experimento. À MO, o epitélio da mucosa faringolaríngea apresentou-se sem alterações na grande maioria das áreas examinadas, mas em algumas áreas houve pequena infiltração inflamatória de polimorfonucleares neutrófilos e leve congestão na camada subepitelial, sem diferença significativa entre as áreas (p < 0,05). O estudo à MEV também mostrou epitélio da mucosa laringofaríngea sem alterações significativas. CONCLUSÕES: Em cães, a utilização de pressão de 60 cmH2O no balonete da ML assegura perfeita manutenção da permeabilidade das vias aéreas e não provoca alterações na mucosa faringolaríngea.

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