Efeitos da venlafaxina e da vitamina e na periodontite experimental induzida por ligadura em ratos. AvaliaÃÃo do estado de ansiedade, depressÃo e perda Ãssea alveolar / EFFECTS OF VENLAFAXINE AND VITAMIN E IN EXPERIMENTAL ligature-induced periodontitis in rats. ASSESSMENT OF THE STATE OF ANXIETY, DEPRESSION AND ALVEOLAR BONE LOSS

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/07/2010

RESUMO

A doenÃa periodontal (DP) à descrita como enfermidade inflamatÃrio-imunolÃgica de natureza multifatorial, resultante da interaÃÃo de microorganismos patogÃnicos e defesa do hospedeiro, cujo desenvolvimento pode ser modificado por fatores locais, doenÃas sistÃmicas ou fatores genÃticos. Eventos psicossociais como o estresse, ansiedade e depressÃo, citam-se como fatores que podem contribuir para o agravamento do prognÃstico clÃnico de vÃrias doenÃas, inclusive a periodontite crÃnica (PC), por causar desequilÃbrio imunolÃgico, podendo diretamente aumentar a produÃÃo de citocinas prÃ-inflamatÃrias. Estresse oxidativo (EO) tambÃm à relacionado à DP e à depressÃo, por causar danos Ãs estruturas celulares, alÃm de comprometer a competÃncia imunolÃgica. Este estudo avaliou os efeitos da venlafaxina, um antidepressivo, e da vitamina E, um antioxidante, na periodontite experimental induzida por ligadura em ratos (PE). Observaram-se o estado de ansiedade, depressÃo e a perda Ãssea alveolar (POA). Foram utilizados Ratos Wistar (180-220g). Os animais foram divididos em dez grupos: falso-operado (FO); EP (veÃculo-Ãgua); FO e PE + venlafaxina (10 mg/kg e 50 mg/kg); FO e PE (veÃculo-Ãleo); FO e PE + vitamina E 500 mg/kg. A PE foi induzida pela inserÃÃo de um fio de sutura de nÃilon 3.0, em torno do segundo molar superior esquerdo, o qual permaneceu por 11 dias. A venlafaxina (10 e 50 mg/kg) e a vitamina E (500 mg/kg) foram administradas diariamente, por via oral, gavagem) durante nove dias. A avaliaÃÃo comportamental foi realizada no 10 dia da induÃÃo da PE pelos testes de labirinto em cruz elevado (ansiedade) e do nado forÃado (depressÃo). Os animais foram mortos por deslocamento cervical no 11 dia da induÃÃo da PE e suas maxilas removidas, para avaliaÃÃes posteriores. A anÃlise morfomÃtrica mostrou que os animais submetidos à PE tiveram POA significativa (p<0,001) comparado aos falso-operados (FO). A venlafaxina (10 mg/kg)) diminuiu a POA, mas nÃo estatisticamente significativa, por outro lado, verificou-se maior POA no grupo de animais submetidos à PE e tratados com venlafaxina (50 mg/kg). A anÃlise histopatolÃgica mostrou no grupo submetido à PE e tratado com veÃculo (Ãgua) infiltraÃÃo mononuclear acentuada (linfÃcitos e macrÃfagos) reabsorÃÃo do processo alveolar (restando apenas fragmento Ãsseo) e destruiÃÃo do cemento, escore 2 (2-3). O grupo submetido à PE e tratado com venlafaxina (10 mg/kg) mostrou tambÃm alteraÃÃo do osso alveolar e cemento, escore 2 (1-3), entretanto, nÃo houve diferenÃa estatÃstica. O grupo FO apresentou pequeno infiltrado inflamatÃrio, escore 0 (0-0). Estresse oxidativo tambÃm foi objeto de estudo nesta pesquisa. A peroxidaÃÃo lÃpidica (TBARS) mostrou-se aumentada no grupo de animais submetido à PE. A venlafaxina (10 mg/kg) inibiu esse aumento, demonstrando papel antioxidante. Foram realizados ensaios de imuno-histoquÃmica (TNF-α e iNOS) nos tecidos gengival e periodontal dos animais. Observou-se aumento da imunomarcacÃo de ambos nos tecidos periodontais dos animais submetidos à PE, comparado ao grupo FO. O tratamento com venlafaxina nÃo inibiu essa marcaÃÃo. Os resultados envolvendo o tratamento com a vitamina E (500 mg/kg) mostraram na anÃlise morfomÃtrica das maxilas dos animais submetidos à PE e tratados com vitamina E que nÃo houve proteÃÃo quanto a POA, quando comparado ao grupo submetido à PE (p>0,05). A anÃlise histopatolÃgica mostrou infiltrado mononuclear menos acentuado no grupo submetido à PE e tratado com vitamina E, escore 2 (0-3) comparado ao grupo PE, 3 (2-3). A avaliaÃÃo oxidativa foi observada mediante mensuraÃÃo da peroxidaÃÃo lipÃdica (TBARS) e da atividade da enzima superÃxido dismutase (SOD). Os animais submetidos à PE apresentaram aumento significativo na concentraÃÃo de MDA (ÂM). O tratamento com vitamina E (500 mg/kg) inibiu esse efeito (p<0,05). Em relaÃÃo à SOD, observou-se um decrÃscimo da atividade nos animais submetidos à PE e tratados com vitamina E. A avaliaÃÃo para TNF-α e iNOS mostrou que a PE aumentou a imunomarcaÃÃo de ambos; o tratamento com vitamina E diminuiu a imunomarcacÃo para iNOS. A avaliaÃÃo comportamental mostrou que a PE nÃo estava associada a ansiedade ou depressÃo. Nos animais submetidos à PE houve perda de massa corpÃrea nos primeiros dias da induÃÃo da PE. Os tratamentos com venlafaxina e vitamina E nÃo alteraram esse resultado. A venlafaxina e a vitamina E nÃo foram capazes de inibir a POA. AlÃm disso, a venlafaxina (IRSNs) à suscetÃvel de agravar a POA na PE, quando usada em dose mais elevada. AtenÃÃo, tambÃm, deve ser dada para o uso indiscriminado de antioxidantes. O uso de vitamina E demonstrou efeito ansiogÃnico.

ASSUNTO(S)

ortodontia periodontite experimental. antidepressivos. vitamina e. ansiedade. depressÃo. experimental periodontitis. antidepressants. vitamin e. anxiety. depression.

Documentos Relacionados