Efeitos da n-acetilcisteína em testículos de ratos submetidos a torção do cordão espermático / Effects of n-acetylcysteine in testes of rats subjected to torsion of the spermatic chord

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/09/2011

RESUMO

Objetivo: Avaliar os efeitos da n-acetilcisteína em testículos de ratos submetidos a torção do cordão espermático (TCE). Métodos: Foram utilizados quarenta e oito ratos, distribuídos em quatro grupos com 12 animais cada. Os animais dos grupos I e II foram submetidos a torção do cordão espermático; sendo que no grupo II, receberam NAC. Os animais dos grupos III e IV, foram submetidos à exposição dos testículos e imersão em solução fisiológica; sendo que no grupo IV, receberam NAC. Nos grupos I e II, os testículos foram destorcidos após 45 minutos de isquemia, sendo que em todos os grupos, os testículos foram reposicionados na bolsa escrotal após 60 minutos. Passados 60 dias, os animais foram submetidos a orquiectomia bilateral com avaliação histopatológica dos testículos. Resultados: Na comparação entre os testículos direito e esquerdo em cada grupo isoladamente, houve diferença estatisticamente significativa no grau de lesão histológica em todos os grupos avaliados. Na avaliação inter-grupos, quando analisados os testículos direitos, não houve diferença estatisticamente significativa para os grupos III e IV, isto é, para os testículos que não sofreram torção do cordão espermático, a administração do medicamento não mostrou benefício. Na análise dos testículos direitos dos grupos I e II, onde houve a torção do cordão espermático, a diferença para GIII e GIV foi significativa (p<0,001). Observou-se também, diferença entre GI e GII (p<0,001), mostrando efeito protetor da N-Acetilcisteína nos testículos torcidos (GII), com diminuição dos graus de lesão no segundo. Para o testículo esquerdo, houve diferença estatística entre os grupos I e II, quando comparados aos grupos III e IV (p=0,023). Não houve diferença entre GI e GII, assim como entre GIII e GIV. Isso demonstra que a torção no testículo direito provocou alterações histológicas no testículo contra-lateral, sem efeito benéfico no grupo que recebeu N-Acetilcisteína (GI=GII >GIII=GIV), enquanto que nos grupos sem torção, as alterações histológicas foram pouco significativas. Conclusões: A N-acetilcisteína mostrou efeito protetor na morfologia celular dos testículos ipsilaterais de ratos submetidos à torção do cordão espermático seguido de reperfusão, e também observou-se alterações histológicas nos testículos contralaterais.

ASSUNTO(S)

expectorants ischemia reperfusion injury torção do cordão espermático expectorantes isquemia traumatismo por reperfusão ciencias biologicas spermatic cord torsion

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