Efeitos da intensidade luminosa sobre a morfo-anatomia foliar de Bouchea fluminensis (Vell.) Mold. (Verbenaceae) e sua importância no controle de qualidade da droga vegetal

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Farmacognosia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-06

RESUMO

Para a implantação de rigorosos padrões de controle de qualidade das drogas vegetais, além da detecção dos princípios ativos e das metodologias clássicas de microscopia, deve-se também considerar as alterações morfo-anatômicas ocasionadas pelo ambiente, especialmente quando a droga constitui-se de folhas. Neste estudo, foram analisadas as folhas de Bouchea fluminensis cultivadas em pleno sol ou na sombra. As folhas "de sol" são menores do que as "de sombra", com limbo mais ondulado e mais coriáceas ao tato. A análise anatômica revelou espessa cutícula estriada, estômatos anomocíticos em ambas faces, embora raros na face adaxial das folhas de "sombra". Dois tipos de tricomas foram observados, sendo um tector simples com paredes ornamentadas e outro glandular, assim como feixes vasculares colaterais sem tecidos esclerificados, estando os menores envoltos por bainha de células não esclerificadas. A espessura média do mesofilo das folhas "de sol", bem como a altura das células do parênquima paliçádico são significativamente maiores do que nas folhas "de sombra" o que permite diferenciá-las facilmente. A não observância de alterações fotomorfogênicas, nas diversas espécies vegetais utilizadas na forma de droga, pode ocasionar falhas ou dúvidas na identificação das mesmas.

ASSUNTO(S)

bouchea fluminensis verbenaceae morfo-anatomia controle de qualidade

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