Efeitos da classe econômica e mobilidade social no crescimento linear desde a infância até a adolescência

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-07

RESUMO

RESUMO: Objetivo: Avaliar o efeito da classe econômica na infância e mobilidade social no crescimento linear ao longo da adolescência em uma coorte de base populacional. Métodos: Crianças nascidas entre 1994 - 1999 em Cuiabá-MT, no centro-oeste do Brasil foram avaliadas pela primeira vez durante 1999 - 2000 (0 - 5 anos) e novamente durante 2009 - 2011 (10 - 17 anos), sendo a estatura-para-idade avaliada nestes dois períodos. O Critério Brasil foi usado para classificar a classe econômica da família de cada criança como baixo, médio ou alto. A mobilidade social foi categorizada como mobilidade ascendente ou nenhuma mobilidade ascendente (manutenção e mobilidade descendente). Foram utilizados modelos lineares de efeitos mistos. Resultados: Foram avaliadas 1.716 crianças (71,4% da linha de base) após 10 anos de seguimento, e 60,6% das famílias mostraram mobilidade ascendente, com uma percentagem mais elevada entre as classes econômicas mais baixas. Também foi observada uma maior altura-para-idade entre aqueles de famílias com elevada classe econômica, tanto na infância (baixa classe econômica= -0,35 z-score; elevada classe econômica = 0,15 z-score, p < 0,01) e adolescência (baixa classe econômica= -0,01 z-score; elevada classe econômica= 0,45 z-score, p < 0,01), ao passo que a mobilidade ascendente não afetou o crescimento linear. Conclusão: Foi observada expressiva mobilidade social, mas a classe econômica na infância e a mobilidade social não apresentaram influência significativa na taxa de crescimento linear durante a infância nesta coorte do Centro-Oeste brasileiro.

ASSUNTO(S)

nível socioeconômico mobilidade social crescimento estudos de coortes adolescente criança

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