Efeitos da Chlorella vulgaris sobre a resposta imunologica de camundongos infectados com a Listeria monocytogenes

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1999

RESUMO

Neste trabalho estudamos os efeitos imunofarmacológicos do extrato da Chlorella vulgaris (ECV), sobre a resposta imunológica de camundongos BALB/c _infectados com a bactéria Usteria monocytogenes. . O efeito do ECV foi verificado sobre o número de células progenitoras hematopoiéticas da medula óssea para a série granulócito-macrófago (CFU-GM) e sobre a atividade estimuladora de colônia (CSA), presente no soro de animais infectados com a L. monocytogenes, tratados com o ECV e tratados e infectados. Além disso, investigamos nestes animais os efeitos do ECV sobre a atividade de células "Natural Killer" (NK) e sobre a resposta específica a infecção através das citocinas produzidas pelas sub-populações de células T auxiliares "T helper-1" (Th1) através dos níveis de interleucina-2 (IL-2) e interferon-gama (IFN-y), e de "Thelper-2"(Th2) pelos níveis de interleucina-4 (IL-4) e interleucina-10 (IL-10). Para a realização dos experimentos os animais foram tratados por via oral durante cinco dias consecutivos com o ECV na dose de 50 mg/Kg/dia. Ao final do tratamento, os animais foram infectados com uma dose sub-letal da bactéria (1x104 bactérias/animal). Os animais inoculados com a bactéria apresentaram uma mielosupressão que foi revertida pelo tratamento prévio com o ECV, observada nos animais tratados e infectados em relação àqueles somente infectados. Essa mesma relação também foi verificada quanto a atividade estimuladora de colônia (CSA), investigada no soro destes animais, nas 48 e 72 horas após a infecção. Com relação a atividade de células NK, o ECV produziu uma estimulação dessas .células mesmo em animais controle (sem infecção), promovendo um aumento mais pronunciado, na vigência da infecção; entretanto, quando os animais foram previamente tratados com o ECV e infectados um aumento adicional pôde ser detectado. o ECV também demonstrou ter um efeito estimulador sobre a produção de citocinas. Nossos resultados apresentaram um aumento da IL-2 em animais tratados com o ECV e infectados em relação aos controles. Em resposta à infecção, todos os grupos demonstraram um aumento de IFN-y que, entretanto, observou-se serem mais elevados nos animais que receberam tratamento prévio com o ECV e foram infectados, do que em animais apenas inoculados com a bactéria. Porém, o aumento significativo de IFN-y foi detectado 72 horas após a infecção, comparado ao respectivo grupo somente infectado. Das citocinas produzidas por Th2 (IL-4 e IL-1 O) e em relação ao grupo controle, a L-4 apresentou um ligeiro aumento, verificado apenas no grupo tratado e infectado (48h), contrariamente à IL-10 que não apresentou níveis alterados em grupo algum. Para avaliar a resistência dos animais à infecção, realizamos uma curva de sobrevida utilizando uma dose letal da L. monocytogenes (3x105 bactérias/animal), e duas doses do ECV, 50 e 500 mg/Kg/dia durante cinco dias de tratamento prévio à infecção. A dose de 50 mg/Kg protegeu 20% dos animais infectados e a de 500 mg/Kg do ECV conferiu a estes animais uma sobrevida de 52%, quando comparados aos animais controle, apenas infectados, onde a mortalidade foi de 100%. Diante dos resultados obtidos neste trabalho, podemos sugerir que o ECV aumenta a resistência dos camundongos BALB/c infectados com a L. monocytogenes .Através da modulação da resposta imunológica inespecífica verificada pelo aumento dos precursores hematopoiéticos da medula óssea, da atividade de células NK; como também pelo aumento da resposta Th1, através dos níveis de IFN-y e IL-2 que se sobrepôs sobre a resposta Th2

ASSUNTO(S)

celulas - cultura e meios de cultura alga

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