Efeitos concorrenciais potenciais da adoção de genéricos na indústria de defensivos agrícolas no Brasil baseado numa análise pelo modelo Estrutura-Conduta-Desempenho-ECD

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O presente estudo procurou descobrir as consequências da adoção de genéricos na indústria de defensivos comparando-se esta indústria com a de fármacos humanos, que já conta com a experiência dos genéricos, à luz do Modelo ECD. Considerando as características apontadas para as duas indústrias, entendeu-se que existiam seis grandes itens a serem analisados, quais sejam: 1) elasticidade da demanda; 2) concentração das indústrias e dos mercados; 3) perfil do consumidor; 4) tipos de bens; 5) regularidade, freqüência e dispêndio das compras; e 6) barreiras a entrada (custos de registro e criação de marca). Os cinco primeiros itens foram entendidos como variáveis que podem influenciar a aceitação dos genéricos e os preços dos bens. Dentre eles, em três casos a indústria de defensivos foi considerada como mais permeável à influência de genéricos e nos dois outros casos as indústrias ou são equivalentes ou pode haver vantagem, ainda que pequena, para a indústria de defensivos. O sexto item (barreiras a entrada) é entendido como condicionante da própria existência de genéricos. Mudanças institucionais nessa instância permitiram o surgimento de genéricos de fármacos humanos, mas elas são inexistentes no caso dos defensivos, motivo pelo qual não há genéricos, entendidos como produtos com patente expirada e sem marca, neste caso. Os resultados sugerem que o surgimento de genéricos na indústria de defensivos seria ainda mais efetiva como redutor de preços do que nos fármacos humanos.

ASSUNTO(S)

estrutura de mercado competition genéricos agronomia agrotóxicos market structure defensivos agrícolas generics concorrência pesticides

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