Efeitos comportamentais do extrato aquoso bruto e fração diclorometano das folhas de Erythrina speciosa Andrews, Fabaceae, em camundongos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Farmacognosia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/11/2010

RESUMO

Erythrina speciosa Andrews, Fabaceae, é usada na região Sul do Brasil como sedativa e tranquilizante. Neste estudo, uma possível ação central do extrato aquoso (EA) e fração diclorometano (DCM) das folhas da E. speciosa foi avaliada em camundongos machos submetidos a testes comportamentais 1 h após o tratamento (gavage). Também foi avaliada a dose letal 50% (DL50) como indicativa da toxicidade aguda desta planta. O EA diminuiu a locomoção (50, 100 e 400 mg/kg) e o levantar (50 e 400 mg/kg) no teste de campo aberto mas não alterou nenhum dos comportamentos avaliados nos testes de labirinto em cruz elevado, rotarod e sono induzido. A DCM não alterou nenhum dos comportamentos avaliados. A DL50 de ambos os extratos foi estimada como sendo >2000 mg/kg. Os resultados sugerem ausência de efeito ansiolítico e depressor do Sistema Nervoso Central das folhas de E. speciosa. Entretanto, como mecanismos serotonérgicos podem estar envolvidos na ação farmacológica de plantas do gênero Erythrina e o teste de labirinto em cruz elevado não é adequado para avaliar o efeito de drogas serotonérgicas, nossos resultados não invalidam o uso desta planta na medicina popular, mas apontam a necessidade de se investigar o mecanismo de ação envolvido no possível efeito central de plantas do gênero Erythrina.

ASSUNTO(S)

erythrina speciosa campo aberto labirinto em cruz elevado roratod sono induzido dose letal

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