Efeitos colaterais do tratamento da hepatite C no polo aplicador do ABC
AUTOR(ES)
Garcia, Thamy Jay, Lara, Paulo Henrique Schmidt, Morimoto, Tauy Pereira, Higasiaraguti, Mauricio, Perejão, Andréia Maruzo, Ayub, Munir Akar
FONTE
Rev. Assoc. Med. Bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-10
RESUMO
OBJETIVO: Analisar e comparar os efeitos colaterais do tratamento da hepatite C com interferon peguilado e ribavirina no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) do Hospital Mário Covas (Santo André), de 23/02/2011 a 05/05/2011. MÉTODOS: Estudo do tipo transversal, por questionário, com amostra não probabilística composta por 340 pacientes que receberam pelo menos uma dose da medicação. RESULTADOS: Os efeitos colaterais apresentados foram cansaço (82,9%), artralgia e/ou mialgia (76,8%), emagrecimento (71,8%), cefaleia (67,6%), desânimo (65,9%), depressão e/ou irritabilidade (64,4%), prurido (60,6%), febre (59,1%), alopecia (51,5%), tosse seca (34,1%), náuseas (11,7%), inapetência (11,7%) e tontura (7,9%). Foram relatados até 19 sintomas durante o tratamento. Apenas quatro pacientes (1,2%) não apresentaram efeitos colaterais. Ao comparar os interferons, observamos que o uso do alfa-2b causou uma média de 8,01 sintomas por paciente, enquanto o do alfa-2a foi responsável por uma média de 7,50. Os pacientes em uso do interferon alfa-2b apresentaram mais febre, emagrecimento, cefaleia, artralgia e/ou mialgia, cansaço, desânimo, depressão e/ou irritabilidade e tosse seca do que os pacientes em uso do alfa-2a, que, por sua vez, tiveram mais alopecia e prurido. CONCLUSÃO: O estudo mostra uma grande morbidade relacionada ao tratamento, já que apenas 1,2% dos pacientes não apresentaram efeitos colaterais. Na amostra, o interferon peguilado alfa-2b foi responsável por maior prevalência de febre e emagrecimento quando comparado ao alfa-2a, sendo essa relação estatisticamente significante (p < 0,05).
ASSUNTO(S)
hepatite c terapia combinada interferon alfa-2a interferon alfa-2b ribavirina