Efeitos adversos no tratamento da tuberculose: experiência em serviço ambulatorial de um hospital-escola na cidade de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Pneumologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-12

RESUMO

OBJETIVOS: Verificar a freqüência de efeitos adversos com o uso do Esquema I para tratamento da tuberculose e a necessidade de alterações no tratamento devido a esses efeitos. MÉTODOS: Foi feita uma análise retrospectiva de 329 prontuários de pacientes que foram tratados com o Esquema I e receberam alta por cura entre março de 2000 e abril de 2006 no Ambulatório de Tuberculose da Clínica de Pneumologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Foram analisados os dados referentes aos efeitos adversos, época de seu aparecimento e modificações do esquema de tratamento subseqüentes. RESULTADOS: Foram incluídos 297 pacientes, e 146 (49,1%) apresentaram um ou mais efeitos adversos relacionados às drogas antituberculose. A freqüência dos efeitos colaterais menores foi de 41,1%, e a dos efeitos maiores foi de 12,8%. Os efeitos relacionados ao trato gastrointestinal (40,3%) e pele (22,1%) foram os mais freqüentes. Os efeitos adversos foram mais freqüentes nos primeiros dois meses de tratamento (58,4%). Houve necessidade de modificação do esquema de tratamento em 11 casos (3,7% do total). A hepatite induzida por medicamentos foi o efeito colateral que mais exigiu modificações. CONCLUSÕES: A freqüência de efeitos adversos relacionados ao tratamento da tuberculose com o Esquema I foi de 49,1% neste grupo de pacientes. Entretanto, na maioria dos casos, não houve necessidade da modificação do esquema de tratamento devido aos efeitos adversos.

ASSUNTO(S)

tuberculose antituberculosos hepatite tóxica

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