Efeito dos extratos de Aloe vera e Arrabidaea chica sobre a cicatrização do tendão calcanear de ratos após transecção parcial / Effect of the Aloe vera and Arrabidae chica extracts during calcaneal tendon healing of rats after partial transection

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/08/2012

RESUMO

A utilização de extratos vegetais com atividades farmacológicas pode ser promissora no tratamento de lesões tendíneas, considerando a presença de princípios ativos que estimulam a síntese de componentes da matriz extracelular (MEC). Portanto, o presente estudo teve como objetivo investigar após 7, 14 e 21 dias da lesão, os efeitos da aplicação tópica dos extratos de A. vera e A. chica sobre tendões parcialmente transeccionados de ratos. Os grupos tratados com o extrato da A. chica foram denominados A7, A14 e A21 (controles S7, S14 e S21), e após tratamento com a A. vera foram denominados Av7, Av14 e Av21 (controles B7, B14 e B21). Foram realizadas análises bioquímicas tais como Western blotting, zimografia e dosagens de hidroxiprolina, de proteínas não colagênicas (PNCs) e de glicosaminoglicanos (GAGs); assim como análises estruturais, ultraestruturais e funcionais. Após aplicação do extrato da A. chica, a concentração de PNCs foi menor em A7 e a de hidroxiprolina foi maior em A7 e A21, em relação aos controles. Considerando a MMP-9, menor quantidade foi detectada no grupo A14 comparado ao grupo S14. As isoformas latente, intermediária e ativa da MMP-2 foram observadas em todos os grupos, porém maiores quantidades das isoformas latente e intermediária foram encontradas em A21. Os resultados de Western blotting mostraram menor quantidade de colágenos tipos I e III em A7 comparado ao controle. Maior quantidade de dermatan sulfato (DS) foi detectada em A14, e quantidade inferior de DS e condroitin sulfato (CS) foi observada em A21 comparada ao S21. As medidas de birrefringência detectaram maior organização das fibras de colágeno no grupo A21 em relação ao controle, e as análises ultraestruturais mostraram muitos fragmentos de colágeno na região transeccionada nos grupos S7 e A7. A análise do CatWalk mostrou que os animais tratados com A. chica, exibiram maior pressão de contato das patas durante a marcha no 7° dia. Considerando a aplicação de A. vera, foi observada em SDS-PAGE banda menos intensa referente ao colágeno em Av14, confirmado por Western blotting. O grupo Av21 apresentou maior concentração de PNCs comparado ao seu controle. Na dosagem de hidroxiprolina, os grupos Av7 e Av14 apresentaram maiores concentrações, ao passo que Av21 apresentou valor inferior ao controle. O grupo Av14 apresentou maior concentração de GAGs sulfatados e menor quantidade de DS em relação ao controle. Menor quantidade de MMP-9 foi encontrada em Av14, e menores quantidades das isoformas latente e intermediária da MMP-2 foram observadas em Av7 e Av14 em relação aos controles. Maior quantidade da isoforma ativa da MMP-2 foi observada em Av21 comparado a B21. As medidas de birrefringência detectaram maior organização das fibras de colágeno em Av14 em relação ao controle. Ao passo que as medidas de dicroísmo linear realizadas nos cortes corados com azul de toluidina, mostraram menor organização dos GAGs em Av14 comparado ao controle. Nossa conclusão é que a aplicação tópica dos extratos da A. chica e da A. vera é efetiva na síntese e organização de componentes da MEC durante o processo de reparo.

ASSUNTO(S)

cicatrização tendínea aloe vera arrabidaea chica matriz extracelular tendon healing tendon aloe vera arrabidae chica extracellular matrix

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