Efeito do uso de contraceptivos orais e do treinamento pliométrico na biomecânica do membro inferior em atividades funcionais

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

23/02/2012

RESUMO

O objetivo do Estudo 1 foi avaliar o efeito do uso dos contraceptivos orais (CO) na cinemática do quadril e do joelho durante o agachamento unipodal em mulheres sadias. Quarenta e duas voluntárias foram divididas em dois grupos: que utilizavam (n=21) ou não (n=21) os CO. As excursões (máximas e no ângulo de 75 de flexão do joelho) em abdução/adução do joelho, em abdução/adução do quadril e em rotação medial/lateral do quadril foram verificadas durante a realização do agachamento unipodal com o membro inferior dominante. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à máxima excursão em abdução do joelho (p=0,26) e em adução (p=0,10) e rotação medial (p=0,94) do quadril. Quando considerado o ângulo de 75 de flexão do joelho, nenhuma diferença significativa foi verificada entre os grupos para os valores de excursão em abdução do joelho (p=0,31) e em adução (p=0,11) e rotação medial (p=0,85) do quadril. Estes achados sugerem que o uso de CO não influencia a cinemática do joelho e do quadril durante a realização do agachamento unipodal. De forma complementar, o Estudo 2 teve por objetivo avaliar os efeitos do uso de CO na cinemática do quadril e do joelho de mulheres sadias durante a descida anterior de degraus. Quarenta voluntárias foram divididas em dois grupos: que utilizavam (n=20) ou não (n=20) os CO. As excursões em abdução/adução do joelho, abdução/adução do quadril e rotação medial/lateral do quadril foram calculadas para o membro dominante durante a descida anterior de degraus. Nenhuma diferença significativa foi verificada entre os grupos para a excursão máxima em abdução do joelho (p=0,58) ou em adução (p=0,29) e rotação medial (p=0,42) do quadril. Quando considerado o ângulo de flexão do joelho de 50, nenhuma diferença foi verificada entre os grupos para a excursão em abdução do joelho (p=0,92) ou em adução (p=0,50) e rotação medial/lateral (p=0,19) do quadril. Estes resultados sugerem que o uso de CO não influencia a cinemática do quadril e do joelho durante a descida anterior de degraus. A proposta do Estudo 3 foi verificar os efeitos do treinamento pliométrico (TP) de 8 semanas na cinemática e no torque excêntrico do quadril e do joelho, bem como sobre o desempenho funcional do membro inferior de mulheres sadias. Trinta e seis mulheres foram divididas em dois grupos: 1) grupo treinamento (GT; n=18) e 2) grupo controle (GC; n=18). A análise cinemática do quadril e do joelho foi realizada durante o agachamento unipodal e o desempenho funcional foi avaliado por meio do salto triplo unipodal (STU) e pelo salto unipodal em 6 metros cronometrado (SUC). A relação torque excêntrico abdutor, adutor, rotador lateral e rotador medial do quadril/massa corporal e o torque excêntrico flexor e extensor do joelho/massa corporal foram mensurados por meio de um dinamômetro isocinético. Após 8 semanas, o GT apresentou diminuição da excursão máxima em abdução do joelho (p=0,009) e em adução do quadril (p<0,001), bem como da excursão em adução do quadril a 75 de flexão do joelho (p=0,002). Além disso, o GT apresentou melhora no desempenho funcional para o STU (p=0,05) e para o SUC (p<0,001). Entretanto, não houve modificação significativa nos torques excêntricos do quadril e do joelho. Deste modo, o TP oito semanas foi eficiente para induzir alterações positivas de ordem cinemática e funcional nas mulheres avaliadas. Contudo, não apresentou eficiência para promover o fortalecimento dos músculos do quadril o joelho

ASSUNTO(S)

fisioterapia biomecânica ligamento cruzado anterior anticoncepcionais orais pliometria cinemática contraceptivos orais isocinética desempenho funcional fisioterapia e terapia ocupacional oral contraceptives anterior cruciate ligament plyometrics kinematics isokinetics functional tests

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