Efeito do tratamento de superficie e do silano na resistencia a tração da união entre ceramica de infra-estrutura IPS Empress 2 e agentes cimentantes

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2001

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência à tração da união entre cerâmica de infra-estrutura IPS Empress 2 (Ivoclar) e materiais de fixação sob diferentes tratamentos na superfície da cerâmica, associado ou não à aplicação do silano. Foram confeccionados duzentos e quarenta discos em cerâmica com 5,5 mm de diâmetro por 2,5 mm de espessura e separados em 12 grupos de 10 pares de discos. Cada grupo foi submetido aos seguintes tratamentos: Grupos 1 e 7 - jateamento com óxido de alumínio 100 µm; Grupos 2 e 8 - jateamento com óxido de alumínio 100 µm e aplicação do silano; Grupos 3 e 9 - jateamento com óxido de alumínio 50 µm; Grupos 4 e 10 - jateamento com óxido de alumínio 50 µm e aplicação do silano; Grupos 5 e 11 - condicionamento com ácido fluorídrico 10%, por 20 segundos; Grupos 6 e 12 - condicionamento com ácido fluorídrico 10%, por 20 segundos e aplicação do silano. Após, os discos em cerâmica dos grupos 1 a 6 foram unidos em pares com adesivo Single Bond e cimento resinoso Rely X, e os discos dos grupos 7 a 12, com cimento de ionômero de vidro modificado por resina ProTec CEM. Em seguida, os corpos-de-prova foram armazenados em água destilada a 37° C durante 24 horas, seguido de 500 ciclos térmicos de 5° C e 55° C, com duração de 1 minuto em cada banho. Após, os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de tração em máquina Instron (Modelo 4411) com velocidade de 1 mm/minuto. O tipo de falha foi verificado numa lupa estereoscópica com aumento de 20 vezes. As médias dos resultados foram: Grupo 1 - 3,80 MPa; Grupo 2 - 8,35 MPa; Grupo 3 - 5,35 MPa; Grupo 4 - 11,84 MPa; Grupo 5 - 16,94 MPa; Grupo 6 - 25,36 MPa; Grupo 7 - 0,51 MPa; Grupo 8 - 3,61 MPa; Grupo 9 - 0,64 MPa; grupo 10 - 4,06 MPa; grupo 11 - 4,75 MPa; e, Grupo 12 - 11 ,20 MPa. Os resultados foram submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey (p<0,05) e mostraram que a fixação com cimento resinoso Rely X proporcionou maiores valores de resistência à tração em relação ao ProTec CEM, independente do tratamento superficial da cerâmica e silanização (p<0,05); o tratamento da superfície da cerâmica com ácido fluorídrico 10% forneceu maiores valores de resistência à tração (p<0,05) em relação ao jateamento com óxido de alumínio 50 µm e 100 µm, independente do material de fixação e silanização; a aplicação do silano aumentou a resistência de união em relação às superfícies sem aplicação do silano, independente do material de fixação e tratamento superficial da cerâmica. Nos corpos-de-prova fixados com o ProTec CEM, as falhas foram adesivas quando realizado o jateamento com óxido de alumínio e não aplicado o silano, e predominantemente coesivas no cimento quando associado condicionamento com ácido fluorídrico e silanização. Já, nos corpos-de-prova fixados com Rely X, as falhas foram predominantemente mistas

ASSUNTO(S)

ionomeros microscopia eletronica de varredura cimentos dentarios

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