Efeito do tratamento de água quente nas cinzas de capim elefante calcinadas em diferentes temperaturas

AUTOR(ES)
FONTE

Matéria (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/10/2018

RESUMO

RESUMO Nos últimos anos, os resíduos agroindustriais têm ganhado atenção na comunidade científica, como uma nova fonte de pozolana. No Brasil, por exemplo, um dos resíduos gerados pelas atividades agroindustriais provém do capim-elefante que é cultivado como biomassa para a cogeração de energia. Este estudo avaliou o efeito do tratamento com água quente na estrutura cristalina da cinza de capim elefante calcinada em duas temperaturas diferentes (700 e 900°C). Para estudar a estrutura química e a composição das cinzas foram realizadas as análises de fluorescência de raios-X (FRX) e difração de raios-X (DRX). Os resultados obtidos no presente trabalho mostraram que, as cinzas de capim elefante atendem as especificações da norma ASTM C-618, como, o teor mínimo da soma dos óxidos de silício (SiO2), de alumínio (Al2O3) e de ferro (Fe2O3), de 50%, para ser considerado como um material pozolânico. A presença de uma fase amorfa foi identificada em todos os difratogramas. As cinzas calcinadas a 700°C apresentaram menor cristalinidade e o tratamento com água quente diminuiu o tamanho de cristalito, ou seja, o material tornou-se mais amorfo. Entretanto, as cinzas calcinadas a 900°C, apesar de possuir menor teor de K2O, apresentaram maior cristalinidade, sendo menos reativas. Portanto, o tratamento com água quente foi efetivo para a redução do teor de potássio nas cinzas. Como também, contribuiu para reduzir o tamanho de cristalito da sílica das cinzas calcinadas a 700°C, no entanto, o efeito foi contrário para as cinzas calcinadas a 900°C.

ASSUNTO(S)

adição mineral biomassa formação de amorfos lixiviação de potássio tamanho de cristalito

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