Efeito do polimorfismo do gene HFE sobre a resposta viral sustentada em portadores de hepatite crônica C com ferritina sérica elevada

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Gastroenterologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-03

RESUMO

CONTEXTO: Níveis séricos anormais de ferritina são encontrados em aproximadamente 20%-30% dos pacientes com hepatite crônica C e estão associadas a uma baixa taxa de resposta à terapia com interferon. OBJETIVO: Avaliar a associação entre a presença de mutações do gene HFE e a taxa de resposta virológica sustentada ao interferon em pacientes portadores de hepatite crônica C com ferritina sérica elevada. MÉTODOS: Um total de 44 pacientes, virgem de tratamento, infectado pelo vírus da hepatite C de genótipos não-1 (38 genótipo 3; 6 genótipo 2) e ferritina sérica acima de 500 ng/mL foi tratado com interferon (3 MU, três vezes por semana) e ribavirina (1000 mg/dia) por 24 semanas. Resposta virológica sustentada foi definida como HCV-RNA indetectável 24 semanas após o fim do tratamento. Foi utilizado técnica de reação em cadeia da polimerase em tempo-real com limite de detecção de 200 UI /mL. RESULTADOS: Mutações do gene HFE foram detectadas por "restriction-enzyme digestion" com RsaI (análise de mutação C282Y) e BclI (análise de mutação H63D) em 16 pacientes (37%), todos heterozigotos (11 H63D, 2 C282Y e 3 ambos). Resposta virológica sustentada foi alcançada em 0 de 16 pacientes com mutações do gene HFE e 11 (41%) dos 27 pacientes sem mutações do gene HFE (P = 0,002; teste exato de Fisher). CONCLUSÃO: A heterozigose para os genes H63D e/ou C282Y HFE está associada à redução significativa da taxa de resposta virológica sustentada ao tratamento com interferon e ribavirina em pacientes com hepatite crônica C, genótipo não-1 e com níveis séricos de ferritina acima de 500 ng/mL.

ASSUNTO(S)

polimorfismo genético hepatite c crônica ferritinas interferons

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