Efeito do planejamento de ação e de enfrentamento de obstáculos na adesão medicamentosa e qualidade de vida de pacientes coronariopatas = : Effect of the action and coping planning in medication adherence and quality of life of patients with coronary hearty disease / Effect of the action and coping planning in medication adherence and quality of life of patients with coronary hearty disease

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

04/05/2012

RESUMO

Este estudo teve como objetivos verificar o efeito das estratégias de Planejamento de Ação e de Enfrentamento de Obstáculos na adesão medicamentosa e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) entre pacientes coronariopatas em seguimento ambulatorial; bem como avaliar a relação entre adesão medicamentosa e QVRS ao longo de dois meses de seguimento. Trata-se de estudo experimental com duas etapas de coletas de dados. A amostra foi composta por 115 pacientes randomizados nos grupos Intervenção (GI - n=59) e Controle (GC - n=56). Foram obtidas, no baseline (T0) e após dois meses (T2) de seguimento, medidas de adesão medicamentosa (proporção de adesão e avaliação global da adesão), dos fatores relacionados a não adesão (versão brasileira da Morisky Self-Reported Measure of Medication Adherence Scale) e de QVRS geral (versão brasileira - The Medical Study 36-item Short Form Health Survey - SF-36) e específica (versão brasileira - MacNew Heart Disease Health-related Quality of Life Questionnaire - MacNew). A intervenção foi aplicada ao GI em T0, com reforço presencial após um mês de seguimento (T1). Análises descritivas foram realizadas para caracterizar a amostra segundo as variáveis sociodemográficas, clínicas, de adesão e de QVRS. O teste t de Student e o teste Qui-quadrado foram empregados para comparar variáveis sociodemográficas, clínicas, de adesão e de QVRS entre os pacientes dos grupos GI e GC em T0. O teste t de Student foi empregado para testar diferença nas médias da escala de Morisky e de QVRS entre os grupos GI e GC e testes de proporção foram conduzidos para testar diferenças nas proporções de indivíduos com dose adequada e aderentes entre os grupos GI e GC em T2. Análises de regressão linear simples e logística foram empregadas para avaliar o efeito da Intervenção sobre as medidas de adesão medicamentosa e de QVRS. O coeficiente de correlação de Pearson testou a relação entre adesão e QVRS ao longo do seguimento. Foram evidenciadas mudanças positivas no comportamento de adesão medicamentosa nos pacientes do GI, quando considerada a avaliação global da adesão. A intervenção explicou 5% da variabilidade da medida de proporção de adesão após ajustamento por outras variáveis. Pacientes do grupo Intervenção foram 5,3 vezes mais prováveis a aderir ao tratamento. Foram constatados escores de QVRS significativamente mais elevados no GI em relação ao GC, em T2, para todos os domínios do MacNew (p<0,05 - Teste t de Student pareado) e para os domínios Capacidade Funcional (p<0,001 - Teste t de Student pareado) e Aspectos Sociais (p<0,05 - Teste t de Student pareado) do SF-36; quando comparados ao baseline. No entanto, a análise de regressão linear evidenciou que a Intervenção não explicou a variabilidade das medidas genérica e específica de QVRS. Foram evidenciadas correlações significativas de fraca a moderada magnitude entre as medidas de proporção de adesão e a escala de Morisky e entre as medidas de proporção de adesão e a medida específica de QVRS no GI após dois meses de seguimento (T2). Recomenda-se a realização de novos estudos experimentais com maior período de seguimento para ratificar o efeito das estratégias de planejamento na adesão medicamentosa, bem como para elucidar a relação entre adesão e QVRS.

ASSUNTO(S)

enfermagem adesão à medicação doença das coronárias comportamento técnicas de planejamento nursing medication adherence coronary disease behavior planning techniques

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