Efeito do fotoperíodo na avaliação do estresse e na atividade locomotora em fêmeas de lambari (Astyanax bimaculatus)

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. agrotec.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-04

RESUMO

Alguns estudos científicos e investimentos têm sido realizados na aquicultura com o objetivo de minimizar o estresse dos peixes, por diversos fatores, como a gestão, a salinidade do estado nutricional, qualidade da água, temperatura, fotoperíodo e salinidade. Este trabalho teve como objetivo verificar o efeito do fotoperíodo na atividade locomotora e níveis plasmáticos de cortisol e glicose em fêmeas de lambari. Cento e vinte fêmeas de lambaris adultas foram mantidas em aquários de 20 litros cada um, em delineamento inteiramente ao acaso, com três tratamentos (T1 = 0 Luz:24 Escuro, T2 = 12L:12E, T3 = 24L:0E) e quatro repetições. A atividade locomotora diária dos lambaris foi registrada durante 15 dias por meio de uma fotocélula infravermelha. Após 40 dias de experimento os peixes, mantidos a jejum de 24 horas, foram previamente anestesiados com benzocaína. As fêmeas de lambaris apresentaram um ritmo de atividade locomotora diurna. Lambaris submetidos aos fotoperíodos 12L:12E e 24L:0E apresentaram maiores níveis de cortisol (12L:12E: 190.00 ± 37.73 ng/mL e 24L:0E: 148.850 ± 32.77 ng/mL) e atividade locomotora, além de menores taxas de sobrevivência (30,0 ± 7,07%) em relação ao regime de 0L:24E (cortisol: 85.570 ± 7.99 ng/mL, taxa de sobrevivência: 72.5 ± 4.330%) A concentração de glicose (32.167 ± 22.73 mg/dL) e o crescimento (7.050 ±0,59cm) dos peixes submetidos a 24L:0E foi significativamente menor (p<0,05) em relação aos outros tratamentos. Conclui-se que a luz desempenha um importante papel no crescimento, comportamento e bem-estar de fêmeas de lambaris. Além disso, os dados evidenciaram que os peixes submetidos a períodos longos de luz ficam mais estressados e agressivos em relação ao período de escuridão contínua.

ASSUNTO(S)

peixe sincronizador glicose cortisol comportamento natatório

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