Efeito do extrato hidroalcoólico de Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) na cicatrização de anastomoses colônicas: estudo experimental em ratos
AUTOR(ES)
Coutinho, Itágores Hoffman I. Lopes Sousa, Torres, Orlando Jorge Martins, Matias, Jorge Eduardo F., Coelho, Júlio Cezar U., Stahlke Júnior, Henrique Jorge, Agulham, Miguel Ângelo, Bachle, Ênio, Camargo, Paulo Antonio Monteiro, Pimentel, Silvânia Klug, Freitas, Alexandre Coutinho Teixeira de
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
INTRODUÇÃO: A cicatrização é evento biológico complexo envolvendo inflamação, quimiotaxia, proliferação celular, diferenciação e remodelação. Na medicina popular brasileira, utiliza-se a Aroeira para tratar as mais diversas situações patológicas No Estado do Maranhão - Brasil, a Aroeira é extensivamente utilizada no tratamento de afecções do aparelho respiratório, digestivo e ginecológico. As anastomoses intestinais sempre foram motivo de preocupação para cirurgiões e constituem, até hoje assunto polêmico e repleto de controvérsias. Entre as causas de insucesso da anastomose intestinal destacam-se as fístulas e deiscências. OBJETIVO: Avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico de Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) no processo de cicatrização de anastomoses colônicas em ratos. MÉTODOS: Foram utilizados 40 ratos da linhagem Wistar divididos em dois grupos (grupo Aroeira e grupo controle), aleatoriamente, composto de 20 animais cada, de acordo com o tratamento recebido (extrato da Aroeira ou solução salina a 0,9%) após a anastomose, e subdividiu-se cada grupo em dois subgrupos (C3 e C7 e A3 e A7,) de acordo com o dia de eutanásia (ao 3º e 7º dias). As variáveis utilizadas para mensuração foram: análise macroscópica, microscópica e tensiométrica. As interações entre os grupos foram analisadas pelo teste não-paramétrico de Mann-Whitney. RESULTADOS: Quanto ao grau de adesão, não foi observado diferença significativa entre os grupos Aroeira e controle tanto no 3º quanto no 7º dia. Quando se comparam os subgrupos do ponto de vista microscópico no 3º dia, a diferença entre o grupo que recebeu o extrato da Aroeira e o grupo controle foi significativa nas variáveis congestão (p = 0,005), polimorfonucleares (p = 0,034), mononucleares (p = 0,023), proliferação fibroblástica (p = 0,023) e na fase de cicatrização (p = 0,001). Na análise do 7º dia, todas as variáveis da análise microscópica foram significativas o que levou a 100% dos ratos do grupo Aroeira apresentarem inflamação crônica contra 20% do grupo controle. Em relação ao teste de pressão de ruptura, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos controle e Aroeira. CONCLUSÃO: Observou-se efeito favorável da Aroeira, a nível microscópico, no processo de cicatrização de anastomoses de cólon.
ASSUNTO(S)
cicatrização de feridas anacardiaceae anastomose cirurgica colo
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