Efeito do estímulo biomecânico no crescimento da mandíbula, do côndilo e do disco articular em camundongos jovens e idosos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O avanço mandibular através das técnicas ortopédicas funcionais é atualmente utilizado em pacientes jovens para estimular o crescimento mandibular. A morfologia da mandíbula depende da manutenção da cartilagem condilar. As mudanças degenerativas na articulação temporomandibular associadas ao envelhecimento podem influir na forma da mandíbula e reduzir o potencial de crescimento quando estimulado pelo tratamento com aparelho funcional. O propósito deste estudo foi avaliar as mudanças morfológicas associadas com o envelhecimento e o avanço mandibular na mandíbula, côndilo e disco articular de camundongos machos e fêmeas de 2, 7, 15 e 16 meses de idade. A cada 3 dias, durante um mês, os incisivos inferiores foram desgastados em 1mm para induzir a protrusão mandibular quando o animal estava se alimentando. Após, as mandíbulas esquerdas de 53 animais experimentais e 55 controles foram dissecadas e imagens digitais foram obtidas para analisar oito medidas lineares e uma angular. A microestrutura condilar também foi analisada através do Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV). Os côndilos e discos articulares do lado direito da mandíbula de 30 camundongos fêmeas experimentais e 27 controles foram analisados pela microscopia de luz para medir a espessura dos discos articulares e verificar o número de células proliferativas e hipertróficas da cartilagem condilar nas regiões: posterior, média e anterior. Os resultados mostraram mudanças nas medidas lineares e angulares com o envelhecimento no grupo controle e resposta de crescimento no côndilo mandibular após o estímulo biomecânico em camundongos machos com 7 e 15 meses. A análise pelo MEV revelou depressões na cartilagem condilar dos animais de 7 e 15 meses experimentais em comparação com os controles. Nas fêmeas com 2 e 16 meses, os resultados demonstraram que o avanço mandibular induz ao crescimento mandibular e aos 7 meses foi detectada a regeneração da cartilagem pelo MEV e análise histológica. A espessura do disco articular na região média é modificado durante o envelhecimento no crescimento natural e estimulado com as médias maiores aos 2 meses de idade. Foi observada uma interação entre a idade e o tratamento na região anterior do disco articular do grupo de animais mais jovens e sugestiva na região posterior dos animais de 16 meses. Nos animais tratados, as células proliferativas aumentaram na região posterior do côndilo nos camundongos de 7 e 16 meses, na média dos animais de 16 meses e em todas as idades na região anterior. As médias do número de células proliferativas em todas as regiões e das células hipertróficas na região média confirmaram o efeito da idade e a interação com o tratamento ocorreu nos animais de 16 meses com um aumento de células proliferativas na região posterior e média. Concluindo, o estímulo biomecânico muda os padrões de crescimento da mandíbula, do côndilo e do disco articular em camundongos fêmeas de diferentes idades. Nos machos, as medidas lineares mudam durante o processo de envelhecimento e o avanço mandibular pode estimular o crescimento do côndilo mandibular em animais idosos.

ASSUNTO(S)

envelhecimento articulaÇÃo temporomandibular gerontologia medicina mandÍbula

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