Efeito do alagamento na sobrevivência e crescimento inicial de Ocotea pulchella (Nees) Mez. em condições semi controladas

AUTOR(ES)
FONTE

Acta Botanica Brasilica

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-06

RESUMO

Considerando-se a ocorrência de Ocotea pulchella em áreas sujeitas a alagamentos periódicos, neste trabalho estudou-se a sobrevivência e desenvolvimento inicial de plântulas (dois meses de idade) e juvenis (nove meses de idade) de O. pulchella em resposta a alagamento sob diferentes regimes luminosos, variando-se tanto a qualidade como a quantidade de luz, com o objetivo de se verificar a influência desse fator sobre a resposta ao alagamento. Foram testados três níveis de água no solo (capacidade de campo, alagamento médio - este apenas em plântulas - e alagamento total) e quatro níveis de luz (pleno sol, sombreamento neutro, sombreamento enriquecido com vermelho extremo e sombreamento neutro mais vermelho extremo). A sobrevivência das plântulas e juvenis ao longo de um ano foi relativamente alta, ao passo que o crescimento foi afetado negativamente em pleno sol e alagamento, dependendo das condições de luz. O crescimento de plântulas foi inibido pelo alagamento de solo, independentemente das condições de luz, enquanto que os resultados foram similares nas plantas submetidas a alagamento médio e capacidade de campo. O alagamento também inibiu o crescimento de juvenis, sendo que as respostas das plantas praticamente não foram afetadas pelos regimes de luz. Os resultados sugerem que plântulas de O. pulchella podem sobreviver no sub-bosque, mesmo em áreas sujeitas a alagamento, formando um banco de plântulas de crescimento lento. A espécie parece tolerar o alagamento do solo por tempo relativamente prolongado, quando não está sob luz direta. Por outro lado, algumas respostas ao sombreamento, de plantas submetidas a inundação, parecem ser afetadas pela quantidade e qualidade da luz.

ASSUNTO(S)

floresta de restinga juvenis alagamento desenvolvimento

Documentos Relacionados