Efeito de um protocolo hormonal a base de progestágeno e eCG sobre o desempenho reprodutivo de ovelhas mestiças durante o período de contraestação reprodutiva

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho reprodutivo de ovelhas mestiças lanadas e deslanadas submetidas a um protocolo hormonal a base de progestágeno, durante a contraestação reprodutiva. No primeiro experimento, 48 ovelhas mestiças, sem raça definida, com escore de condição corporal médio 3,2 ± 0,5 e peso vivo médio 41 ± 2 kg foram divididas em dois tratamentos, levando em consideração apenas a presença (G-Lanadas, n=25) ou a ausência de lã (G-deslanadas, n=23). As ovelhas foram submetidas a tratamento hormonal de indução e ou sincronização de estro, que consistiu na colocação do dispositivo intravaginal contendo 60mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP; Progespon®, Syntex, Argentina) em dia aleatório do ciclo estral (D0). No D7, foi administrado 300 UI de eCG (Novormon®, Syntex, Argentina) e 30ug de d-cloprostenol (Prolise®, Arsa S.R.L., Argentina), via intramuscular. No D9, o dispositivo foi retirado e após 12 horas os machos foram introduzidos no lote, em uma proporção de 1:6, nos dias 10, 11 e 12, e, posteriormente, por mais 45 dias. Os dados foram analisados pelo teste de Qui-Quadrado. As taxas de apresentação de estro foram 84% (G-Lanada) e 87% (G-Deslanada; p>0,05). As taxas de prenhez resultantes da sincronização foram 36,0% (G-Lanada) e 56,6% (G-Deslanada; p>0,05). As taxas de prenhez total, obtidas após o repasse com os reprodutores foram: 68,0% (G-Lanada) e 91,3% (G-Deslanada; p<0,05). Com estes resultados, concluímos que ovelhas mestiças deslanadas, sem raça definida, submetidas a protocolo hormonal a base de progestágeno, durante o período de contraestação, apresentaram desempenho reprodutivo superior ao de ovelhas mestiças lanadas. Com base nestes resultados, realizamos um segundo experimento com o objetivo de avaliar o desempenho reprodutivo de ovelhas mestiças lanadas e deslanadas, submetidas ou não a um protocolo hormonal a base de progestágeno durante o contraestação reprodutiva. Para este trabalho, utilizamos 48 ovelhas mestiças, sem raça definida, escore de condição corporal médio 2,8 ± 0,5 e peso vivo médio 41 ± 3 kg, que foram divididas em dois grupos, G-Control (n=24) sem tratamento hormonal e G-Sync (n=24) com tratamento hormonal, que consistiu na colocação do dispositivo intravaginal contendo 60mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP; Progespon®, Syntex, Argentina) em dia aleatório do ciclo estral (D0). No D7, foi administrado 300 UI de eCG (Novormon®, Syntex, Argentina) e 30ug de cloprostenol (Prolise®, Arsa S.R.L., Argentina), via intramuscular. No D9, o dispositivo foi retirado e após 12 horas os machos foram introduzidos no lote, em uma proporção de 1:6, nos dias 10, 11 e 12, e, posteriormente, por mais 45 dias. Os dados foram analisados pelo teste de Qui-Quadrado. A taxa de manifestação do estro do grupo G-Sync foi de 87,5%. A taxa de prenhez resultante dos acasalamentos dos dias experimenais D10,11 e 12 foram de 0,00% (G-Control) e 45,83% (G-Sync; p<0,05). As taxas de prenhez total ao final do período de estação de monta foram de 50,00% (G-Control) e 79,17% (G-Sync; p<0,05). Conclui-se que o protocolo hormonal a base de progestágeno proporcionou um aumento de 30% na taxa de prenhez ao final da estação de monta realizada durante a contraestação reprodutiva.

ASSUNTO(S)

ovino - reprodução reprodução animal hormônios progestacionais - ovino sheep reproduction progestational hormones sheep estrus synchronization estro - sincronização estrus induction

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