Efeito de sistema adesivo e dentifrÃcio fluoretados no desenvolvimento de cÃrie ao redor de restauraÃÃes com e sem fenda marginal em esmalte e dentina: estudo in situ / IN SITU EFFECT OF FLUORIDE FROM ADHESIVE SYSTEM AND DENTIFRICE ON CARIES FORMATION AROUND RESTORATIONS WITH GAP IN ENAMEL AND DENTINE

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

26/03/2010

RESUMO

CÃries secundÃrias podem desenvolver-se na interface dente-restauraÃÃo diante da presenÃa de fendas marginais, mas este processo poderia ser inibido pela presenÃa de flÃor. Esta pesquisa teve como objetivo avaliar, in situ, atravÃs de um delineamento cruzado, aleatorizado, boca dividida e duplo-cego, a influÃncia do flÃor proveniente de sistema adesivo autocondicionante ou dentifrÃcio no desenvolvimento de cÃrie secundÃria em esmalte e dentina radicular ao redor de restauraÃÃes de resina composta com ou sem fenda marginal. Durante duas fases de 14 dias, 16 voluntÃrios utilizaram dispositivos intra-orais palatinos contendo 4 blocos de dente humano compostos por uma porÃÃo de esmalte e dentina e restaurados com resina composta FiltekTM Z-250. Os blocos foram aleatoriamente divididos em 8 grupos experimentais para cada substrato (esmalte e dentina) restaurado com um dos seguintes adesivos: All Bond SETM (nÃo fluoretado - ANF) e One Up Bond F Plus (fluoretado - AF), com a presenÃa de fendas marginais (G+) ou nÃo (G-), e com o uso de dentifrÃcio fluoretado (DF) ou placebo (DP). Os procedimentos restauradores foram realizados seguindo as instruÃÃes dos fabricantes e a fenda foi criada com a utilizaÃÃo de matrizes metÃlicas. Cada voluntÃrio foi instruÃdo a gotejar sobre os blocos uma soluÃÃo de sacarose a 20%, 10 vezes ao dia e a usar o dentifrÃcio padronizado 3 vezes ao dia. Ao final de cada fase clÃnica, os blocos dentais foram removidos e o biofilme foi coletado para a contagem de estreptococos do grupo mutans, lactobacilos e microrganismos totais, assim como para a anÃlise da quantidade de flÃor presente. A perda mineral foi analisada pelo teste de microdureza em corte longitudinal no esmalte e na dentina. A profundidade da lesÃo e a presenÃa de lesÃo da parede foram determinadas por microscopia de luz polarizada. Os resultados foram analisados por anÃlise de variÃncia (ANOVA) seguindo um delineamento fatorial 2x2x2. O flÃor do adesivo nÃo ofereceu proteÃÃo contra o desenvolvimento de cÃrie secundÃria em esmalte e dentina para nenhuma das variÃveis de resposta estudadas (p >0,05). O flÃor do dentifrÃcio mostrou leve proteÃÃo contra a desmineralizaÃÃo em dentina (p <0,05). Houve uma maior presenÃa de lesÃo de parede, tanto em esmalte quanto em dentina (p<0,05), em restauraÃÃes com fenda independente da presenÃa de flÃor. No entanto, em restauraÃÃes com fenda, uma maior profundidade de lesÃo foi observada em dentina (p <0,05). Estes resultados sugerem que o flÃor do adesivo nÃo foi capaz de inibir a desmineralizaÃÃo ao redor de restauraÃÃes mesmo com a presenÃa de flÃor no dentifrÃcio. No entanto, a presenÃa de fenda visÃvel afeta o desenvolvimento de cÃrie secundÃria, principalmente na dentina radicular, aumentando a progressÃo da lesÃo cariosa.

ASSUNTO(S)

biologia geral cÃrie dentÃria cimentos dentÃrios flÃor falha da restauraÃÃo dentÃria dental caries dental cements fluoride gaps

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