Efeito de níveis crescentes de uréia na dieta de vacas em lactação sobre a produção e a composição físico-química do leite

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Zootecnia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007-08

RESUMO

Avaliou-se o efeito de níveis crescentes de uréia na dieta de vacas em lactação sobre a produção e composição físico-química do leite. Foram utilizadas nove vacas holandesas em lactação, distribuídas em três quadrados latinos 3 x 3, com três tratamentos e três períodos de coleta. O experimento teve duração de 63 dias, divididos em três períodos de 21 dias. Os tratamentos consistiram de uma dieta controle, formulada para suprir 100% das exigências de PB, proteína degradável no rúmen (PDR) e proteína não-degradável no rúmen (PNDR), composta de farelo de soja como principal fonte protéica e cana-de-açúcar como volumoso, e de duas outras dietas, semelhantes à dieta controle, mas com 0,75 ou 1,5% de uréia em substituição ao farelo de soja. As dietas foram isoenergéticas (1,53 Mcal/kg de energia líquida de lactação) e isoprotéicas (16% de PB). Quando os resultados foram analisados por regressão polinomial simples, não houve efeitos das dietas sobre o consumo de MS, as produções de leite e de leite corrigida para 3,5% de gordura, os teores de proteína e gordura e a contagem de células somáticas do leite. Os níveis de substituição do farelo de soja por uréia não influenciaram o pH, a crioscopia ou a densidade do leite. No entanto, verificou-se efeito linear decrescente dos níveis de uréia na dieta sobre a acidez do leite. Os teores de proteína, gordura, lactose, uréia, extrato seco total e extrato seco desengordurado não foram afetados pelas dietas. Os resultados deste estudo sugerem que o uso de até 1,5% de uréia na MS da dieta de vacas em lactação não altera a produção, a composição e as características físico-químicas do leite.

ASSUNTO(S)

cana-de-açúcar consumo de matéria seca produção e composição do leite nitrogênio não-protéico uréia

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