Efeito da velocidade de alongamento na rigidez relativizada pela área de secção transversa muscular de indivíduos pouco flexíveis e muito flexíveis

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

O objetivo deste estudo consistiu em investigar o efeito de duas velocidades de alongamento na rigidez relativizada pela área de secção transversa dos músculos posteriores da coxa de indivíduos com diferentes níveis de flexibilidade. Dezoito homens e dezoito mulheres foram alocados em dois grupos, de acordo com a amplitude de movimento articular determinada pelo aumento significativo da atividade eletromiográfica (ADMemg). Os indivíduos com valores inferiores a 90° ou superiores a 95° de extensão passiva do joelho no Flexmachine ficaram no grupo Pouco flexível e no grupo Muito flexível, respectivamente. Os testes seguiram quatro etapas: 1ª) familiarização; 2ª) mensuração da ADMemg e torque passivo na velocidade 5°/s; 3ª) mensuração da ADMemg e torque passivo na velocidade 50°/s; e 4ª) mensuração da área de secção transversa (AST) dos músculos posteriores da coxa. Mediram-se a ADMemg e o torque passivo no Flexmachine e a AST na imagem de ressonância magnética. Ambos os membros inferiores foram utilizados, totalizando 72 amostras. O estresse passivo foi calculado dividindo os valores do torque passivo pela AST e a rigidez relativizada foi calculada no terceiro terço da curva estresse passivo - ADMemg. Os resultados demonstraram um CCI = 0,98 e EPM = 0,59cm² para a AST e CCI = 0,91 a 0,98 e EPM = 0,11 a 0,26N.m.cm-2/° para a rigidez relativizada nas duas velocidades e nos dois grupos. Comparando a velocidade de alongamento 50°/s com 5°/s, a rigidez relativizada não se diferiu estatisticamente para ambos os grupos. A rigidez relativizada foi maior no grupo Pouco flexível comparada com o grupo Muito flexível (p <0,05). Dessa forma, os procedimentos usados para calcular a AST e rigidez relativizada apresentaram alta confiabilidade; a velocidade de alongamento 50°/s não alterou significativamente a rigidez relativizada em relação à velocidade 5°/s para ambos os grupos; e a rigidez relativizada foi estatisticamente diferente entre os indivíduos com diferentes níveis de flexibilidade em ambas as velocidades.

ASSUNTO(S)

articulações amplitude de movimento teses. eletromiografia teses. ressonância magnética teses.

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