Efeito da terapia de reposição hormonal sobre o estado férrico

AUTOR(ES)
FONTE

Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

INTRODUÇÃO: Na literatura, numerosas publicações relatam a determinação do estado férrico em crianças, adolescentes e mulheres em fase reprodutiva, no entanto são raras as pesquisas quanto às alterações do ferro em estoque e eritrograma pós-terapia de reposição hormonal (TRH) em pré-menopausadas e menopausadas. O aumento dos estoques de ferro em mulheres pré-menopausadas e menopausadas pode conduzir à elevação do estresse oxidativo e, conseqüentemente, ao risco de desenvolvimento de câncer e doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Avaliar o efeito da TRH sobre o eritrograma e o estado férrico em mulheres na pré-menopausa e na menopausa. MÉTODOS: Foram determinados os eritrogramas e as dosagens de ferro, capacidade total de ligação do ferro a transferrina (CTLF) e ferritina séricas em 30 mulheres no climatério antes e após seis meses de TRH com medroxiprogesterona e estradiol. Os eritrogramas, as dosagens de ferro e CTLF foram determinados por meio da utilização de métodos clássicos, e a ferritina, por quimiluminescência. RESULTADOS: Após o uso da TRH, constataram-se significante redução do número de eritrócitos, elevação dos índices hematimétricos e tendência à diminuição nos níveis de ferro sérico e CTLF. Nenhuma alteração significante nos níveis de ferritina e no índice de saturação de transferrina foi detectada após a TRH. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: No presente estudo não foram encontradas alterações nos parâmetros hematimétricos e no estado férrico que impeçam a utilização da TRH no climatério e na menopausa. Os resultados sugerem que a TRH exerceu efeito benéfico sobre o estado férrico nas mulheres no climatério deste estudo, mantendo os estoques de ferro normais e promovendo a elevação dos índices hematimétricos.

ASSUNTO(S)

ferritina estado férrico terapia de reposição hormonal climatério

Documentos Relacionados