Efeito da sacarose contendo ferro co-cristalizado no biofilme dental e na desmineralização do esmalte

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Estudos anteriores realizados com animais de laboratório mostraram que sacarose contendo ferro co-cristalizado (Fe-sacarose) é menos cariogênica que o açúcar puro. Entretanto, o efeito do Fe-sacarose no desenvolvimento da cárie dental em humanos é desconhecido. Assim, o objetivo deste estudo cruzado foi avaliar in situ o efeito de Fe co-cristalizado a sacarose na acidogenicidade, composição microbiológica e bioquímica do biofilme dental, e na desmineralização do esmalte. Dezesseis voluntários utilizaram, durante duas fases de 14 dias, dispositivos palatinos contendo blocos de esmalte humano os quais foram submetidos a 4 grupos de tratamentos: T1- Água destilada e deionizada (controle negativo); T2- Solução de sacarose a 20% (controle positivo) e grupos experimentais T3 e T4 tratados com soluções de sacarose a 20% contendo 18 e 70 µg Fe/mL, respectivamente. As soluções de Fe-sacarose foram preparadas diariamente a partir de sacarose contendo sulfato ferroso co-cristalizado. Os tratamentos foram realizados 8x/dia através de gotejamento das soluções sobre os blocos e dentifrício fluoretado foi utilizado 3x/dia. Após cada fase, o biofilme dental formado sobre o esmalte foi analisado com relação à acidogenicidade, composição microbiológica e bioquímica; no esmalte foram determinadas a porcentagem de perda de dureza de superfície e a área de lesão de cárie. Foi encontrada menor desmineralização no esmalte submetido à Fe-sacarose (70 µg Fe/mL) do que no tratado com sacarose (p <0,05). Esta concentração de Fe também reduziu a contagem de estreptococos do grupo mutans (EGM) no biofilme formado. Concluiu-se que o ferro co-cristalizado a sacarose reduz in situ o potencial cariogênico deste açúcar e o efeito parece estar relacionado à redução de EGM no biofilme dental formado

ASSUNTO(S)

sulfato ferroso streptococcus mutans caries dentarias açucar

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